Pessoalmente, estará sempre ligada a um acto de coragem, de desafio a uma todo poderosa igreja católica quando em 3 de Outubro de 1992; em directo para a televisão, no programa Saturday Night Live; rasgou uma fotografia do Papa João Paulo II.
O acto valeu-lhe massivas críticas em todo o mundo e quase arrasou com a sua carreira musical, mas as razões que estavam por detrás dele fervem agora por todo o lado: o encobrimento e a protecção de João Paulo II aos escândalos sexuais e de pedofilia que já assolavam a igreja católica nessa altura.
A cantora irlandesa estava trinta anos à frente no tempo.
Mas este rasgar da fotografia papal, tinha um segundo simbolismo que Sinéad carregava há muito consigo. A fotografia era pertença da mãe que durante anos a abusou psicologicamente e fisicamente.
Foram dois rasgos que ela realizou nesse dia. Com a sua educação católica e com a memória abusiva da mãe.
Não por acaso, Sinéad converte-se ao islão em Outubro de 2018. Mudaria o seu nome para Shuada Davitt. Em 2019, o sobrenome Davitt é alterado para Sadaqat.
Em Janeiro de 2022, o seu filho de 17 anos, Shane Lully, suicida-se após sérios problemas mentais.
Ela própria enfrentava grandes fragilidades mentais.
Profissionalmente mantinha o seu nome de sempre, Sinéad O'Connor.
Morreu hoje com 56 anos.
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