quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

ganância e patetice


Não tenho uma particular admiração por Ronaldo, nem por Messi, o que não impede que seja tudo o que disserem sobre ele como futebolista.
Contudo, não justifica a ganância de querer, a todo o custo, igualar a marca de 9 golos de Eusébio em campeonatos do mundo, ao ponto de reivindicar e festejar exuberantemente um golo que não marcou. Diz o futebolista nacional que lhe tocou no cabelo. O gesto que usou para ilustrar essa afirmação ficou famoso.

As imagens mostram que a cabeça de Ronaldo não mudou a trajectória da bola. Mesmo assim, a Fifa e a Adidas já vieram cabalmente demonstrar que o golo não é de Ronaldo mas sim de Bruno Fernandes. O sensor no interior da bola não acusou nenhuma pressão sobre a mesma.

Quando Ronaldo celebrou um golo que sabia perfeitamente não tinha marcado, fê-lo num acto de puro egoísmo. Não pensou na selecção, não pensou no objectivo de passar à fase seguinte, não pensou em companheirismo. Pensou pateticamente que tinha atingido a mesma marca de Eusébio. Pensou num recorde pessoal. Por muito que iguale ou ultrapasse Eusébio, genuinamente nunca conseguirá. Eusébio marcou 9 golos num só campeonato, sem ter uma equipa a facilitar-lhe a vida, sem pensar que estava marcar esses mesmos golos. Eusébio fê-lo de coração. Se Ronaldo conseguir esse objectivo, esse recorde, precisará de 5 campeonatos, vinte anos acumulados, enquanto que Eusébio o fez num único campeonato.

A idiota pretensão de Ronaldo ter marcado com o cabelo, fez antigo jogador inglês Chris Sutton chamar-lhe o Cabelo de Deus. A internet, fabulosa como sempre, já veio dizer que sim, que foi o cabelo de um dos maiores egos da história do futebol que marcou o golo.












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