sexta-feira, 4 de novembro de 2022

sobre a água


Tal como os planetas mais próximos do sol, a Terra é considerada um planeta rochoso.
Isto apesar de cerca de três quartos da sua superfície ser coberta de água.
No entanto, e isto é um grande no entanto, as águas dos vários oceanos são consideradas pouco profundas quando comparadas com o diâmetro da Terra - 12740 km.

Se reduzirmos toda a água existente no planeta a uma esfera (a maior), esta teria um raio de cerca de 1400 km.
Ao seu lado está, retirando da esfera inicial e na mesma proporção, a esfera contendo água doce e da mesma forma o ponto minúsculo (quase imperceptível) azul abaixo da segunda esfera, ilustra a água doce disponível em rios e lagos.

É esta pequena quantidade de água que existe no planeta Terra que estamos a poluir com químicos,  com plásticos, micro-plásticos, redes fantasma e sobrepesca, com derrames de petróleo e a consumir-la desbragadamente sem pensar que há milhares de pessoas que percorrem quilómetros todos os dias para obter um par de jerricãs amarelos cheios de água para poder beber e cozinhar.

Há quem afirme que a disputa pelos recursos de água, será cada vez mais a fonte de guerras e atritos políticos e internacionais.
Que diga Portugal numa altura em que a Espanha para garantir os seus recursos hídricos está a fechar a torneira para Portugal o caudal dos seus principais rios. Nomeadamente Douro, Tejo e Guadiana.

Com a conferência anual das alterações climáticas (COP 27) a começar já este domingo, 06.11.22, é essencial que esta noção seja de novo reforçada para o mundo inteiro.
Há quem afirme que a terceira guerra mundial começará com uma disputa dos recursos aquíferos. E o facto é que o número de conflitos (mais ou menos latentes) sobre a disponibilidade da água está a aumentar. Ásia e África estão no centro destas disputas mas a Europa não sai incólume. É ver a situação Portugal/ Espanha como escrevi acima.











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