Quem ouve música, quem gosta de cinema, não poderá jamais ignorar o que o grego Evángelos Odysséas Papathanassíu fez pelas duas artes. Para todos nós, este grego, será eternamente conhecido por Vangelis.
As suas bandas sonoras são épicas, por vezes maiores que o próprio filme em si.
Penso pelo menos em quatro: Chariots of Fire (1981), Blade Runner (1982), Antarctica (1983) e 1492: Conquest of Paradise (1992).
Curiosamente destas quatro bandas sonoras, duas (a segunda e quarta) foram para dois filmes realizados por Ridley Scott.
Pela relação que tenho com Blade Runner, considero que esta foi a melhor obra mais bem conseguida por Vangelis. E foi de facto. Este filme nunca se tornaria per si um filme de culto sem a música de Vangelis. Um casamento feito no céu.
Música atmosférica, futurista, escurecida e distópica. Melancólica e assombrosa.
Blade Runner, o filme e a música, tem o seu climax na cena em que o fabuloso Rutger Hauer, no papel do androide "replicant" Roy Batty, tem a espantosa fala de Tears in Rain. Ela ocorre segundos antes de a sua vida terminar. A música de Vangelis nesses momentos nada menos é que sublime. Transcrevo a fala original e a música que a suporta:
Rutger não foi completamente fiel ao que estava escrito no guião para esta cena. Deu-lhe um toque muito pessoal, uma improvisação de última hora na altura.
Já li que Vangelis foi o último deus grego. Faz todo o sentido que assim seja,
Morreu ontem com 79 anos, em França, de insuficiência cardíaca.
Foi como teclista de outro colosso grego da música, Demis Roussos, em finais da década de 60 que o tornou conhecido no mundo da primeira arte.
Bom fim de semana 😉🎵
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