Bob Dylan acaba de ser galardoado com o prémio Nobel da Literatura.
Ao longo dos anos Dylan vai aparecendo e desaparecendo nas listas de possíveis nobelizáveis. Por isso não deixa de ser surpreendente, mas não completamente, que tal tenha acontecido, mesmo para quem se movimenta neste meio.
Para mim e para muitos de nós, Bob Dylan é um criador de letras (e respectivas canções) sublime e isto per si, chegaria para ganhar este prémio.
Mas há também nele uma faceta de escritor que é pouco conhecida. Tem vários livros editados, tanto de prosa como de poesia e já tinha ganho o prémio Pulitzer, um prémio literário nas áreas da ficção, não ficção, poesia e história, em 2008.
O cantautor de 75 anos, editou o seu primeiro álbum em 1962 - Bob Dylan - e o seu mais recente este ano, 2016 - Fallen Angels. Para além do Pulitzer, tem vários grammys ganhos, mais um Óscar e um Globo de Ouro, em 2001, com o tema Things Have Changed, da banda sonora do filme Wonder Boys.
Com Bob Dylan a ganhar o Nobel da Literatura este ano, de imediato lembrei-me de outro cantor e que gostaria de ver a ganhar este mesmo galardão e também ele autor de letras tão sublimes quanto as de Dylan: Leonard Cohen.
É justo e merecido que a Academia Sueca tenha o atribuído o prémio a Bob Dylan, o primeiro músico e cantor a ganhar este galardão.
Acredito que por esse mundo fora haja quem pergunte, porque carga de água, um cantor norte-americano ganhou um Nobel da Literatura. Para esses, a resposta que lhes dou é:
the answer my friend is blowin in the wind
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