terça-feira, 18 de outubro de 2016

ainda sobre os taxistas...






Assistir às imagens da manifestação dos taxistas é muito difícil não pensar nas plataformas Uber e Cabify como uma alternativa cada vez mais credível aos taxistas.

Taxistas, esses, que por estes dias, não primam pela civilidade. Pontapés aos carros, objectos atirados aos vidros, estrume, agressões e ofensas aos motoristas das plataformas, ataques aos clientes, são alguns dos mimos presenteados pelos fofos dos taxistas aos motoristas da Uber e da Cabify.
Sabe-se que a generalidade dos taxistas não são assim, mas estas ovelhas ronhosas contam e elas estragam e influenciam negativamente a fotografia da família. E fizeram o maior dos favores a aqueles que eles estão tão visceralmente contra. A app da Uber foi a mais descarregada neste dia.

Pensar em chamar um táxi, penso de imediato que a probabilidade de ser enganado é muito alta, que vou entrar num carro degradado é mais que provável, suportar um cheiro nauseabundo a tabaco, quase de certeza que sim, se for um trajecto curto, na melhor das hipóteses, vou ouvir um ronco de protesto e que no acto do pagamento o taxista não vai ter troco. E com sorte não levo com um protesto dizer que o percurso é curto e que não paga a chatice de me levarem até lá.


O problema dos taxistas é que os tempos evoluem, modernizam-se e eles esqueceram-se de o fazer. Habituaram-se ao monopólio que durante dezenas de anos os sucessivos governos lhes proporcionou.
Agora a concorrência a surge de forma que não conseguem seguir e até compreender. Preços transparentes com regras definidas à partida, apresentação, limpeza do carro.
Pessoalmente e muito relevante para mim, se necessário também transportam animais. Anos-luz daquilo que os taxistas fazem actualmente e que tão rapidamente não conseguirão fazer.

Ao contrário que os taxistas afirmam, o cerne do problema não está na Uber, está neles próprios.
E estou extremamente curioso em saber o que irão os taxistas fazer, quando os carros autónomos, os que se conduzem sozinhos, forem uma realidade. Sem poder atacar os motoristas, vão abalroar os carros, tipo... carrinhos de choque??


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