Detesto concordar com um Papa, especialmente pensar que são inteligentes. E tenho que concordar que este é um dos poucos que mostra que tem alguma, o que é raro nos papas em particular e na igreja em geral.
Hoje apanhei esta reflexão do Papa Francisco no Observador:
O Papa Francisco considerou que “não é justo” identificar o Islão com a violência, e disse que o terrorismo é da autoria de “grupos fundamentalistas”, que são minorias. Durante o voo de regresso a Itália, após quatro dias na Polónia a presidir às Jornadas Mundiais da Juventude, o líder da Igreja Católica defende que “os muçulmanos não são todos violentos“. O autoproclamado Estado Islâmico, esse sim, é que “se apresenta como violento”.
“Uma coisa é verdade: em quase todas as religiões há sempre um pequeno grupo fundamentalista. Também nós os temos“, disse o Papa Francisco. “Todos os dias, quando abro os jornais, vejo violência em Itália, alguém que mata a namorada, outro que mata a sogra. E são católicos batizados. Se falo de violência islâmica, também tenho de falar da violência cristã“, sublinhou.
Questionado novamente sobre o assassinato de um padre em França, o Papa Francisco insistiu que “não se pode dizer, não é verdade e não é justo dizer que o Islão é terrorista“.
Há sempre quem se esqueça que durante Idade Média em vários países da Europa, em quatro a cinco séculos, a dita Santa Inquisição matou milhares de pessoas.
Em Portugal foram cerca de trezentos anos de terrorismo cristão. Instituída oficialmente em 1536 (sec XVI) e acabou oficialmente em pleno século XIX, em 1821.
Se esta gente tivessem acesso a bombas, metralhadoras, aviões e a carros armadilhados, nem imagino o que em mais de quatrocentos séculos de existência, a carnificina que estes iluminados de Deus teriam feito em seu nome.
Há sempre quem se esqueça que durante Idade Média em vários países da Europa, em quatro a cinco séculos, a dita Santa Inquisição matou milhares de pessoas.
Em Portugal foram cerca de trezentos anos de terrorismo cristão. Instituída oficialmente em 1536 (sec XVI) e acabou oficialmente em pleno século XIX, em 1821.
Se esta gente tivessem acesso a bombas, metralhadoras, aviões e a carros armadilhados, nem imagino o que em mais de quatrocentos séculos de existência, a carnificina que estes iluminados de Deus teriam feito em seu nome.
Sem comentários:
Enviar um comentário