olhos
não são límpidos como janelas
ou leves, perfeitas e belas
longe de serem duas flores
são frágeis ao esquecimento
olhos choram a orvalhar
nos céus mora o tormento
de caírem sem serenar
chorem mas sem fingirem
olhos espelhos da minha alma
sonhem sem vos ouvirem
o que existe da negrura alva
porque cismam no tempo
olhos de um espelho cego?
a esperança vive ao relento
da paz que busco e renego
corajosos e tão cheios de medo
tão abundantes no tardio nada!
berram e apontam o dedo
mas em vós enterram a espada!
Inkheart
Belo! Gostei muito da forma como está construído, dos opostos que usas.
ResponderEliminarEstes olhos não fingem, nem o choro nem o riso.
pois, o problema dos olhos é que não são "lípidos"... como quem diz "não têm massa gorda" :D
ResponderEliminarE não têm. Os poemas de Inkheart são muito elegantes.
EliminarNem sequer "castrol" têm. :P