terça-feira, 24 de novembro de 2015

a avozinha Lucy


Lucy é uma senhora encarquilhadinha, com cerca de 1m de altura, entre os 14 e 15, que talvez pesasse aproximadamente 50 kg anos, pela qual nutro um grande respeito e carinho. Apesar de não o ser, penso nela como a avozinha de todos nós.

Sempre pensei que ela seria um dos motivos que me levaria à Etiópia. E foi.
No ano passado fui visitá-la.ao Museu de História Natural da Etiópia.




Ela é o australopitecos - macaco do sul - mais antigo que se conhece.
Foi descoberta em 1974, faz hoje 41 anos - o doodle da Google, recorda-nos essa data - na Etiópia, na vila Hadar, região de Afar e terá vivido há cerca de 3.2 milhões de anos.
Deu origem à espécie Austrolopitecus Afarensis.
Ao longos dos anos foram sendo descobertos outras espécies que ganharam os nomes de onde foram descobertos ou de quem os descobriu.

Caminhavam erectos, eram bípedes, usavam utensílios, os seus braços era maiores que as pernas, portanto estavam muito adaptados à vida nas árvores e dominaram o planeta durante mais de três milhões de anos.


Eu sei que Lucy pertenceu a um ramo evolutivo, entre vários, que deu num beco sem saída, que foram extintos. O Homem Sapiens, não descende deste ramo. É um ramo independente, com uma evolução distinta, o ramo "homo". Lucy pertence ao ramo "macaca".
Mas quando olhei para ela, silenciosamente, dei por mim a pensar nela enquanto pessoa, que contribuiu para a experiência suprema que daria origem ao Homo Sapiens.

No estado actual, o Homo Sapiens, deixa muito a desejar. Não é lá um grande motivo de orgulho para a evolução...
Se bem que a avozinha Lucy, que deve o seu nome à famosa canção dos Beatles - Lucy in the Sky with Diamonds - e os seus colegas de espécie, deixaram estragos valentes no ambiente, com algumas extinções pelo meio, incluindo eles próprios.







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