terça-feira, 29 de setembro de 2015

Grande Ecrã - Sem Saída



Um “lixinho” é um filme que sei que não é grande coisa, mas que me vai entreter. É um filme que sei que não trás valor acrescentado.
No fundo trata-se de um filme domingueiro e é assumidamente isso.

Sem Saída é um filme falhado. Nem sequer é um “lixinho”, e não estava a contar que fosse, mas é pior que isso. É puro lixo! 

Não tem argumento, pretende ser um filme de acção mas única acção capaz de provocar em quem o vê, é fazer-nos sair da cadeira ao intervalo e não voltar.

Se acção tem muito pouco, suspense tem ainda menos.
Pretende criar suspense, criar expectativas, emoção, mas mais uma vez, a unica emoção que causa é de evitar que a cabeça caia para o lado de sono.

A praia de Owen Wilson (Jack Dwyer) é furar casamentos e andar aos tiros com Jackie Chan no Oeste onde fica bem fazer biquinhos com os lábios.
Agora armar-se em herói e chefe de família e protector desta, está longe das suas capacidades enquanto actor.
Pierce Brosnan (Hammond) faz figura de corpo presente, está lá só para fazer isco para os mais incautos irem ver este filme pela sua presença.
Quanto a Lake Bell, Annie Dwyer, a mulher de Jack, passa metade do tempo escondida e a correr atrás dele.


O realizador John Erick Dowdle, que por acaso também escreveu o argumento, não é capaz criar um ambiente fidedigno de um país do sudeste asiático em revolta - aposto que é a Tailândia - e não consegue criar nem incutir dinâmica no filme. Este arrasta-se dolorosamente.
A fotografia nem se nota que existe e os diálogos são monótonos.

Sem Saída não tem ponta que se pegue. E o trailer é melhor que o filme.
Ah, relativamente ao título, é óbvio que há saída...

Quero o meu dinheiro de volta.






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