Outono, belo Outono
cores quentes de meditação
não penses no abandono
das flores que pousam no chão
Outono, colorida melancolia
pousada nos dias pensativos
dolente vai a minha poesia
a laçar os meus fugitivos
Outono, minha cama
algodão de olhos a fechar
liberta-me da minha trama
nos teus castanhos aconchegar
Outono, acolhe-me em abraço
embala-me no teu restolhar
adormeço no morno regaço
numa canção de embalar
Outono, altura de abrandamentos
ar puro pela graça da chuva
doma e amansa os tormentos
d’ uma alma que se tornou viúva
Outono, não me deixes fugir
convence-me que é bom ficar
querer que não devo partir
para o teu rosto poder acariciar
Outono não te vás embora
Quero que estejas por aqui
cores macias de tardia aurora
é bom gostar tanto de ti.
Inkheart
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