domingo, 9 de agosto de 2015

Hiroshima e Nagasaki - 70 anos do belo horrível


No dia 6 de Agosto de 1945 foi largada a bomba de Hiroshima, três dias depois, a 9 de Agosto de 1945, caia a segunda bomba nuclear em Nagasaki.
Faz nestes dois dias de 2015 setenta anos que o Estados Unidos se tornaram tristemente, o único país no mundo a largar bombas atómicas sobre um país.

O número de mortes, mais de duzentos mil entre os que morreram directamente devido explosão das bombas e os morreram como consequência dos ferimentos e radiação que se depositou no solo e infraestruturas.


Independentemente dos infames argumentos que foram invocados pelos americanos para fazerem detonar a bomba atómica - eu sou dos que pensam que foi um genocídio e logo um crime contra a humanidade - há algo extremamente perturbante do meu ponto de vista nesta bomba. Ela é bela.


O deflagrar do cogumelo atómico é algo de extraordinariamente elegante e belo.
A forma do cogumelo, a altitude que alcança - a bomba de Nagasaki atingiu os 18 quilómetros de altura e era mais fraca que a de Hiroshima - o calor que gera é mais quente que a superfície do sol, a inacreditável luminosidade, as suas cores, a velocidade das ondas de compressão tremendas que são libertadas, são de uma beleza horrível, fúnebre, porque causam devastação, caos, morte, destruição, mas ao mesmo tempo não deixam de ser belas.

E o que mais impressiona é a monstruosa energia libertada por algo tão minúsculo com um átomo a quebrar e a sua posterior reacção em cadeia.

Não coloco imagens do horror de Hiroshima ou Nagasaki, são por demais conhecidas, mas sim, o quanto belo pode ser o horrível.

A fotografia é da bomba de Nagasaki, o vídeo é do detonar da bomba nuclear mais poderosa de sempre, a soviética Tsar bomb.





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