Uma das vozes e rostos mais bonitos da soul e do jazz morreu há quatro anos.
Amy Whinehouse é injustamente mais conhecida pelos concertos cambaleantes, onde se mostrava incapaz de cantar. Vários concertos seus foram interrompidos por não estar em condições de actuar.
Foi na subida ao pedestal com álbum Frank de 2003 que Amy entrou num caminho errático e auto-destrutivo. Drogas e álcool começaram a fazer parte da sua vida e da sua decadência.
Uma relação caótica e instável e posteriormente casamento ajudou fortemente à sua queda.
O seu marido, Blake-Fielder Civil contribuí para a sua reentrada nas drogas. Ele próprio movia-se nesse mundo sendo preso várias vezes por posse de drogas e roubo.
No início de 2006 foi recomendada que fizesse reabilitação tendo rejeitado veementemente.
Nesse mesmo ano edita Back in Black. O álbum que a tornou universalmente reconhecida.
Um peso acrescido para a sua atribulada vida. O sucesso do álbum era um incentivo a permanecer como estava.
A mãe chegou a recomendar em público que não comprassem o álbum, porque o dinheiro fazia mal à sua filha. Ainda a matava.
A canção mais forte deste álbum é precisamente Rehab onde ela conta como rejeitou a reabilitação.
Uma canção fortemente biográfica como Amy admitiu.
Mais dois temas de Back in Black - Fuck Me Pumps e You Know I'm No Good - são igualmente autobiográficos.
A vida e o mundo estava mergulhada era extremamente agressivo para ela, onde também se mostrava incapaz de lá sair.
Antes da sua morte Amy declarou que o seu maior desejo, era ser feliz, casar, ter filhos e morar longe do seu quotidiano.
Num dos braços, Amy Whineouse tem tatuado um pássaro com a frase "Never clip my wings" - nunca cortes as minhas asas. Mas foi o que aconteceu.
Cada vez que que é reconhecida, mais pelos concertos falhados, do que por aqueles correram bem, mais do que o fascínio que a sua voz exercia e exerce, nas pessoas que a ouviam, as suas asas caem.
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