negra noite
Para onde vão ramificações negras
Para onde vão ramificações negras
que traçam de negro, a negra noite?
de obscuros e inquietantes espinhos que destroçam
o caminho das pegadas volvidas, cegas pela obscura viscosidade
que goteja dos meus olhos.
de impiedosas e ásperas folhas que tanto ferem
o sangue escurecido das minhas mãos tintas do breu vigilante
que esconde a ânsia do meu agarrar.
de tenebroso e revolto tronco doentio de férreas tenazes
suspendendo o débil soerguer, esmagado por um espelho de cor soturna
que emacia a força do emergir.
de obscuros e inquietantes espinhos que destroçam
o caminho das pegadas volvidas, cegas pela obscura viscosidade
que goteja dos meus olhos.
de impiedosas e ásperas folhas que tanto ferem
o sangue escurecido das minhas mãos tintas do breu vigilante
que esconde a ânsia do meu agarrar.
de tenebroso e revolto tronco doentio de férreas tenazes
suspendendo o débil soerguer, esmagado por um espelho de cor soturna
que emacia a força do emergir.
Para onde vão ramificações negras
que traçam de negro, a negra noite?
de dores que puxam, empurram, arrastam para a lama
pensamentos soltos pela inexorável prisão do impossível rodopiar do fado
que drena as extintas forças.
De olhos cegos, mãos feridas, vontade esmagada e débeis forças
Dizei-me, dizei-me, para onde me levam, que destino me está fatalmente destinado?
Não me perguntem se eu quero ir, porque irei.
Inkheart
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