As suas fronteiras foram estabelecidas em Fevereiro de 1949. Em 1967 e consequência da Guerra dos Seis Dias, Israel anexou e ocupou estes territórios.
Quando o Hamas em 1987 entra em cena, estabelece como objectivo principal a proclamação de um estado palestiniano incluindo a Faixa de Gaza e a Cisjordânia.
Nesta altura as posições extremam-se, os conflitos agudizam-se com os Israelitas a considerarem o Hamas como uma organização enquanto estes reclamam os territórios ocupados a todo o custo utilizando violência, atentados suicidas e crianças e civis como escudos humanos.
Na realidade há quatro principais movimentos palestinianos e todos eles considerados terroristas pela comunidade internacional: Fatah, Hamas, Hezbollah e a Jihad Islâmica da Palestina.
Na verdade não morro de amores por nenhum deles e considero que eles são dignos de um e de outro.
Ambos consideram a Faixa de como sua. Na verdade os palestinianos nunca tiveram um território próprio e quando a ONU estabeleceu o espaço de Israel, não considerou a Faixa como sendo israelita. Facto que foi logo aproveitado pelos palestinianos para o reclamarem.
Os conflitos entre ambos já se desenrolam há tanto tempo, várias décadas, que por absurdo acredito que lutam por lutar, retaliam por retaliar. Isto ad eternum onde os motivos se perdem no tempo. É um conflito porque sim.
Mas os palestinianos estão com azar. A Faixa de Gaza é uma das zonas do planeta mais densamente ocupados. Ou seja, qualquer coisa que Israel manda para lá inevitavelmente acerta sempre em montes de gente e seus edifícios. Nem que seja numa panela de pressão cheia de sopa.
A acentuar esta desigualdade destes conflitos estão o maior desenvolvimento tecnológico de Israel e de estes estarem habituados a distribuir cargas de lenha nos seus vizinhos.
Mas se este desenvolvimento tecnológico fosse em sentido contrário, do lado palestiniano, do lado do Hamas, aconteceria exactamente o mesmo. E alguém levantaria a voz para defender os israelitas??
Os palestinianos também não conseguem capitalizar para si a simpatia esta desvantagem, porque não jogam politicamente. Falta-lhes essa inteligência. A da não violência. Não aprenderam com Gandi ou Martin Luther King que a pena da não violência é mais poderosa que a espada violenta.
Enquanto insistirem na violência, em usar misseis, bombistas suicidas, escudos humanos como crianças e mulheres, quebrar os sucessivos cessares fogo, valida internacionalmente e dá ainda (mais e melhores) motivos para os israelitas se defenderem, lhes acertar o passo.
Para os israelitas não lhes interessa quantos vão desta para melhor e ao mesmo tempo o Hamas e os palestinianos perdem a simpatia, a compreensão do mundo, apesar de estar na moda ser pró-palestiniano, e vão perdendo cada vez mais territórios.
Entretanto o tempo vai passando. Os porquês destes conflitos vão se diluindo no tempo, até que se tornam conflitos em que ninguém já sabe bem porquê é que eles acontecem. Apenas que andam ao estalo por andar. Porque se habituaram a isso. Porque se "divertem", apesar de os israelitas se "divertirem" mais. É assim porque sempre foi assim. Ora bates tu, ora bato eu, ora bates tu mais eu.
É um pouco palerma de facto. Para uns, para outros e para todos nós.
cartoons retirados daqui
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