quarta-feira, 7 de março de 2012

um estudo imoral



Paira uma certa sensação de perdição e colapso moral, neste mundo. Senão vejam.

De acordo com um estudo científico intitulado Aborto após parto: porque deve o bebé viver?, publicado no British Medical Journal e assinado por Francesca Minerva formada em Filosofia (bioética), é moralmente aceitável a morte de um recém nascido, nas mesmas condições que um aborto é permitido, incluindo situações em que o recém-nascido não é portador de deficiências físicas.

Esta "investigadora" parte de três princípios, todos eles muito "morais":
  • O feto e o recém-nascido não têm o mesmo estatuto moral das pessoas
  • É moralmente irrelevante o facto do feto e recém-nascido serem pessoas em potência
  • A adopção nem sempre é no melhor interesse das pessoas

Os autores (Alberto Giubilini é co-autor) deste estudo fundamentam assim que matar uma criança, mesmo sendo saudável, nos primeiros dias de vida não é diferente da prática de um aborto e portanto moralmente legítimo, assim como matá-lo seria defensável se a mãe declarasse incapaz de tomar conta dele.

A pérola  deste... "estudo", é a afirmação que tal como uma criança ainda por nascer, um recém-nascido ainda não possui esperanças, objectivos e sonhos e que apesar de ser um ser humano ainda não é pessoa e portanto sem direito moral à vida.
E concluem que pelo contrário, que a sociedade e as pessoas que rodeiam o recém-nascido, podem ter planos, metas e aspirações que poderão ser condicionados pela sua chegada e portanto estes deverão ser defendidos em primeiro lugar.

Não teria sido moralmente aceitável se as mães destes "investigadores", a tal Francesca e o dito Alberto, tivessem declarado incapacidade de tomar conta destas adoráveis criancinhas???



Lido no Público


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