segunda-feira, 25 de abril de 2011

Grande Ecrã - A Rapariga do Capuz Vermelho (Red Riding Hood)


A Rapariga do Capuz Vermelho é aquilo que eu chamo "o meu lixo".

São todos aqueles filmes que não são necessários ver no cinema e que fazemos melhor esperar que eles cheguem gratuitamente aos nossos olhos pela televisão - sempre são menos uns bilhetes que se pagam - mas que mesmo assim vou ver.
Portanto neste aspecto, não saí de lá desiludido porque já sabia ao que ia.

Além que tinha a vã esperança de poder voltar a ver um filme que abordava a história do capuchinho vermelho e que exercesse em mim mesmo que vagamente, o fascínio que a Companhia dos Lobos de Neil Jordan conseguiu exercer. Mas Catherine Hardwicke está, muito, muito longe de ser Neil Jordan.

O filme não nos agarra, não cria suspense e não provoca sequer um calafrio na espinha. Não é credível numa potencial reconstituição de uma época de crenças em bruxas e superstições. É superficial e muito plastificado.

Os pretendentes à mão de Valerie, Cesaire e Peter, são assépticos e vazios e até o Lobo, poderia ser mais impressionante e poderoso.
Gary Oldman, o padre Solomon, é excessivo. Muito exuberante, muito gestos grandiosos, muito esbracejar, muitas frase melodramáticas... para nada.
Não convence em nenhum instante. Nem mesmo quando conta a história pseudo-comovente de como a sua mulher morreu.
Quanto a Amanda Seyfried como Valerie - o capuchinho vermelho - ainda é o melhor na representação. Mais expressiva e menos plastificada.

A festa de celebração, quando se pensava que o Lobo tinha sido morto, em tons e sons de rave e a sugerir uma orgia é absolutamente descabida e descontextualizada do filme e certamente da época.

Qual a vantagem de ter ido ver este filme?
É um filme para indefectíveis do tema, para voltar a ver a cara laroca de Amanda Seyfried que pessoalmente já não via desde Mamma Mia! e pela atmosfera onírica e um tudo nada obscura em que somos envolvidos.




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