quarta-feira, 30 de março de 2011

a morte tem destas coisas...


... por vezes ela corrige as injustiças da vida. Passo a explicar.

A morte de Ângelo de Sousa, não mexeu muito comigo. Na verdade para além do seu nome e reconhecer que era alguém com peso na cultura contemporânea nacional, sei pouco sobre ele.
O pouco que conhecia era como pintor e sabia que ele um adepto confesso do experimentalismo e minimalismo.
Também sou fã da escola minimalista. Particularmente nas facetas do design e da pintura e especialmente na música.

Desconhecia que ele era também escultor e que se tinha aventurado pela fotografia e video.
E aqui entra a injustiça da vida corrigida pela morte. Foi devido a ela que hoje quando cheguei a casa, a minha memória teve um flash repentino: eu tenho um livro dele!
Fui procurar e encontrei-o. Estava bem guardado e sem vestígios de pó.

Chama-se Sem Prata. É das edições ASA e tem o apoio da Fundação de Serralves.
Descobri que já o tenho há cinco anos. É a data que consta na dedicatória que os meus pais que escreveram quando mo ofereceram.
O livro aborda as facetas que eu desconhecia em absoluto dele: a fotografia e o cinema.
Dediquei-lhe agora algum tempo e atenção. Não gostei particularmente dos trabalhos de Ângelo de Sousa que este livro mostra.
Mas certamente que ele não se importará, como experimentalista não creio que procurasse a consensualidade de opiniões.

Ângelo de Sousa nasceu a dois de Fevereiro de 1938 em Maputo. Morreu ontem com 73 anos de idade, vítima de cancro.



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