sexta-feira, 1 de março de 2024

home sweet home


Como é bom chegar a casa e não ter que colocar uma cara. 
Não colocar um soriso vazio, uma simpatia que não se sente, aparentar uma calma falsa, ser cínico, ter que ser idiotas porque lidamos com estúpidos de elevados egos que se colocam em pedestais e corremos o risco de não sermos entendidos por eles se não o formos.

Finalmente chegar a casa e chorar porque o dia e as pessoas nos drenam, nos esgotam.
Podemos ser o que somos, deixar de ser o que temos que parecer. 
Porque não nos obrigam a sorrir, a ser cordiais ou diplomatas, porque finalmente podemos ouvir e apreciar o silêncio de uma música que nos abranda, frases alinhadas em livros que nos transportam para outros pensamentos, outros mares, outras terras, imaginadas ou não.
Podemos ouvir o ronronar e o calor do nosso gato no nosso colo ou o rápido e ritmado bater de uma cauda nas nossas pernas.












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