Ana Lua Caiano é uma cantautora subversiva, ousada e criativa. Musicalmente e nas suas letras bem ritmadas mas muito pouco imediatas ou directas.
É uma fusão muito bem conseguida entre a música tradicional e a electrónica.
Pessoalmente, umas das melhores e bem mais conseguidas fusões da música tradicional portuguesa com outros géneros musicais, desde que os Diabo na Cruz o fizeram com o rock.
Adormeço sem Dizer para Onde Vou é um exemplo fantástico deste cruzamento de géneros com uma mistura cativante entre a luz e a sombras, onde talvez estas últimas, felizmente, se passeiam com mais à vontade.
É a última faixa do seu segundo EP com seis títulos que se chama Se Dançar é Só Depois que sugiro para este fim de semana
O primeiro álbum não deve demorar a chegar, é a própria Ana que o afirma.
Adormeço sem dizer para onde vou
E fico lá correndo, dormindo, morrendo
Mas não me acordes meu amor, nunca me acordes
Nem que grite e que chore
Sou uma afónica elegante
Acordo e não digo onde vou
E ando às voltas, fugindo e recuando
Mas não me encontres, meu amor, nunca me encontres
Nem que grite e que chore
Gosto de monologar
Leio sem dizer onde еstou
E ando às voltas, desprezando e pеnsando
Não me atrapalhes, meu amor, não me atrapalhes
Nem que grite e que chore
Gosto de monologar
Desta vez não vieste atrás de mim
P'ra me arrumares
Desta vez doas-te me
Ao ar que encontro
Desta vez não vieste atrás de mim
P'ra me arrumares
Desta vez doas-te me
Ao ar que encontro
Desta vez não vieste atrás de mim
P'ra me arrumares
Desta vez doas-te me
Ao ar que encontro
Desta vez não vieste atrás de mim
P'ra me arrumares
Desta vez doas-te me
Ao ar que encontro
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