terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Grande ecrã - House of Gucci


Boçal. Quase três horas de filme sem ritmo no argumento, sem ritmo na realização, sem ritmo na interpretação dos vários personagens. 
Muita gente conhecida mas com resultados parcos: Lady Gaga (Patrizia Reggiani), histriónica e perdida, Adam Driver (Maurizio Gucci) muito bem; talvez o melhor na perdição que este filme é; Al Pacino (Aldo Gucci) muito razoável, Jared Leto (Paolo Gucci) caricatural e Salma Hayek (Pina), sem garra. Jeremy Irons faz uma aparição breve mas digna.
A tentativa de ter sotaques italianos por parte dos actores são hilariantes, com um falhanço estrondoso por parte de Lady Gaga (mais parece russo que outra coisa qualquer).
Grandes ingredientes não fazem por si um grande bolo.

De Ridley Scott esperava mais a todos os níveis. Fez um filme bonitinho, provavelmente atrás de óscares, mas não passa disso. Falta-lhe audácia dinâmica e coesão. Um fio condutor sólido que ligue todos os personagens e depois eles a nós.
De facto foi mais pelo realizador - apesar de não ser um seu seguidor fiel - de Blade Runner, Cercados e de O Conselheiro que fui ver o House of Gucci do, que propriamente pelo interesse de conhecer a história desta marca global.

No entanto não deixa de ser curioso, ou talvez não, como a Gucci tenha por detrás de si uma família que mais parece a máfia que outra coisa qualquer. Sabemos que quando poder e dinheiro se juntam raramente algo dá para o certo. A ganância, a luta pelo poder, traição e violência quase sempre estão presentes como se fossem um santíssimo quarteto.

Ter em atenção que House of Gucci é um filme sobre uma história familiar e não sobre as suas origens, estilistas (apesar de Tom Ford ser mencionado nele) ou moda.







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