Quando gostamos de algo ou de alguém na música, no cinema, na literatura, está quase sempre presente uma de duas situações: ou desejamos uma surpresa, uma inovação, algo de novo, ou pelo contrário, mais do mesmo, fidelidade a aquilo que no habituámos, continuidade.
Pessoalmente, e diria de quase todos os que os ouvem, eu, no caso dos GoGo Penguin é que eles se mantenham iguais a eles próprios. Ou seja, que se mantenham sofisticados, inovadores e donos de uma sonoridade única.
Ontem comprei o seu mais recente trabalho, quinto álbum, o homónimo GoGo Penguin.
O resultado não podia ser melhor. Reconheci-os em cada nota tocada, em cada música que ouvi.
É um álbum excitante, libertador, bem ritmado, texturado e colorido com variações constantes no ritmo. Ora mais rápido, ora mais lento, ora exuberante, ora minimal. Por vezes hipnotizante com sequências repetitivas do piano de Chris Illingworth que maravilhosamente se interliga com os seus outros dois companheiros de trio: o contrabaixista Nick Blacka e o baterista Rob Turner.
Musicalmente, é claramente um dos meus pontos altos deste ano.
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