terça-feira, 19 de setembro de 2017

100 anos - genocídio turco sobre o povo arménio (1915 -1917)


Um ano depois do início da primeira guerra mundial, o império Turco-Otomano entra no conflito.
Parte da comunidade arménia da região da Anatólia junta-se aos países que combatiam os otomanos e os otomanos acusa-os de alta traição.
Estava encontrado o pretexto para iniciar um genocídio, que para vários historiadores já teria começado no ano anterior, que se iniciaria em 1915 e veria o seu término em 1917.

A disputa dos números de mortos mantém-se até aos dias de hoje. Do lado turco admite-se 300 mil mortos, o lado arménio defende que morreram milhão e meio de arménios.
Não é só os números de vítimas que estão em causa, a designação também. Para os turcos, o termo que é oficialmente reconhecido será assassinato, talvez um massacre. Mas para quem os verdadeiros nomes são para ser usados, grita o termo Genocídio.

Este ano, o compositor arménio Tigran Mansurian viu editado, seis anos após a sua composição, o seu requiem para celebrar, e também para não deixar esquecer o que aconteceu, a passagem dos cem anos do primeiro genocídio do século XX.
Um século que tristemente viu vários a acontecer.

Um requiem (do latim requies - descanso), é uma missa específica, dedicada aos mortos, aos defuntos.
O de Tigran Mansurian, editado pela etiqueta germânica ECM, é extraordinário.
Delicado, rendilhado, sóbrio, mas muito intenso e elegante.
Tem um pequeno espinho. O segmento Dies Irae, um dos segmentos mais bonitos e emotivos deste requiem, tem cerca de dois minutos e quarenta e cinco, sabem a muito pouco. Se o compositor o tivesse desenvolvido mais...

Comprei-o na semana passada. Grande compra!





Sem comentários:

Enviar um comentário