Eu,
Eu, silêncio pesado,
caído redondo na fraga,
do calor incendiado,
sem esperança que traga;
Eu, sorriso pesado,
de dedo que acusa,
do coração esmagado,
pela dor reclusa;
Eu, cansaço pesado,
do preço em alta,
do eu castigado,
da raiva revolta;
Eu, caminhar pesado,
de consciência ausente,
de um corpo cansado,
de um nada presente;
Eu, sentir pesado,
torpor de lágrimas surdas,
de um sorriso murchado,
cheio de palavras mudas
Eu, ânimo vergado,
pela dor maldita,
de um fardo carregado,
que berra e grita,
tão longa desdita.
Inkheart
Sem comentários:
Enviar um comentário