asas negras
em noite de breu escurecido
na esquecida fonte foram pousar

negrume solitário de um mudo piar
gota escassa, hesitante em cair
pássaro cansado do inútil debater
a vontade do corpo a esvair
a surda esperança de a lágrima beber
ei-la que cai a gota ressequida
asas negras do pássaro moribundo
pelas penas escorre perdida
essa gota no mármore imundo
ergue-te e voa pássaro morto
de asas negras renascidas
celebra a ausência do teu corpo
e o fim das dores sofridas
Inkheart
ResponderEliminarMuito belo!
Continuo a achar que estes poemas não podem ficar só aqui...:)