quinta-feira, 12 de novembro de 2015

descrença



descrença

Parte, vai agora.
Foge da longa hora,
onde ninguém mora,
e ninguém te chora.

Vês o destino branco
de seta no flanco?
Faz morrer o encanto,
sentado no meu banco.

O futuro é tão fugaz,
inútil que é incapaz
de criar a ilusão que faz
de empurrar o que ali jaz.

Acreditar é mera visão.
No fim mora a ilusão,
o encarceramento e a prisão,
das esperanças que não são.

A esperança não é realidade,
um sinónimo de felicidade,
ou fim da tempestade,
apenas um esgar de liberdade


Inkheart





















1 comentário:

  1. Mais um belo poema!
    Não partilho de tanto pessimismo mas aprecio a estética do poema.
    Quanto à esperança...será o que cada um dos leitores quiser fazer dela:)

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