É intimista, elegante e minimal. Reflectida, intuitiva e discreta. Pensamentos contidos, emotivos e delicados.
Um manifesto, um ideal, que só Tiago Sousa parece conhecer e que o seu piano apenas entreabre para terceiros.
É inevitável ir buscar alguns destes aromas, destes ingredientes à música de Satie e Chopin
E tal como o pianista francês, autor das Gymnopédies, Tiago concebe um espaço interior muito melancólico, atmosférico e envolvente, mas marcadamente individual, que nos deixa aproximar dele, que nos compele para ele, mas sem que apesar desse convite, nós desejemos penetrar nesse espaço com receio de causar a sua perturbação.
É como aproximarmo-nos o mais possível do mar numa praia mas sem querer que ele nos molhe os pés.
Curiosamente se atribuísse o título Insónia a um álbum (2009) e à sua música, creio que não a conceberia como Tiago Sousa a fez.
Talvez ela fosse mais inquieta, agitada, cíclica, obsessiva e mais escura.
Mas ainda bem que não fui eu. ;)
Bom fim de semana :)
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