A tradição e
cultura de um povo é para se manter, dizem eles...
O enterro do
galo (vivo)
Em Ruivós,
através de Nuno Markl, descobriu-se que a tradição de carnaval é enterrar um
galo vivo num buraco só com a cabeça de fora e a populaça
diverte-se alarvemente a tentar acertar à paulada na sua cabeça.
Para incentivar a
esta tradição que só honra o povo português, as crianças são pedagogicamente
incentivadas a dar também as suas pauladas na cabeça do galo.
A queima do
gato (vivo)
Em Mourão, Vila
Flor, existe uma outra tradição que ainda perdura, que é a queima do
gato.
A execução desta
exibição tem elevados níveis de inteligência. Bastante superiores aos
simplórios de Ruivós.
Pega-se num gato,
põe-se dentro de uma bilha de barro e esta é pendurada num poste. Pega-se fogo
à corda que prende a bilha com o gato lá dentro e cá vai disto.
Resta mencionar
que o gato que foi honrado este ano como o alvo desta tradição tinha dona e esta concordou em
submetê-lo a esta atrocidade.
Este ano a coisa correu mal porque o fio demorou muito tempo a arder, o gato ficou com o pelo “ligeiramente” chamuscado, segundo uma das bestas que assistiram a este evento cultural.
Consta que o gato viria a morrer depois consequência das queimaduras sofridas.
O vídeo pode ser visto aqui.
Touradas
A covardia, como em todas as anteriores, impera particularmente na tourada.
Ser covarde e ter a mania que é macho é condição essencial para esta actividade cultural.
A tourada é outra das actividades bárbaras que enaltecem a nossa cultura e que como tal deve ser preservada.
Ela é particularmente sofisticada.
Ser covarde e ter a mania que é macho é condição essencial para esta actividade cultural.
A tourada é outra das actividades bárbaras que enaltecem a nossa cultura e que como tal deve ser preservada.
Ela é particularmente sofisticada.
Sangram,
desidratam, turvam a visão, obstruem os seus pulmões para que o touro já muito
enfraquecido e bastante diminuído fisicamente, chegue à arena em condições para
ser lidado.
Só então e nessas
condições, as “corajosas e bravas” criaturas de apertadas leggings cor de rosa,
que dão pelo reles nome de toureiros, consigam destroçar, rasgar os
músculos, perfurar os pulmões, deslocar-lhe a
coluna, causar-lhe hemorragias e simultaneamente consigam matar
cavalos com ataques de coração, rasgar-lhes os músculos das patas e com um pouco de sorte atingem o auge e
climax desta festa rasgando igualmente os seus ventres, fazendo espalhar
sobre o chão as suas entranhas, enquanto os primitivos toureiros, se põem ao
fresco, porque a sua bravura os impede de ficar na arena quando as coisas ficam
literalmente de cor sangue vivo.
Tudo isto em
frente de uma gentalha sádica, em número cada vez mais reduzido que paga para ver tortura
medieval ao vivo.
Esta nobre actividade
cultural só existe porque é patrocinada com dinheiros públicos. Quer do estado, quer das autarquias que abdicam de melhorar as condições de vida das populações em prol de muitos
litros de sangue derramados na arena, e da morte e sofrimento de animais que
estes pulhas dizem que não sofrem.
Se repararem em
todas estas dignificantes tradições, os animais estão presos ou confinados, que
é para a sua fuga não ser possível e não acagaçarem os seus valentes algozes e o seu atroz sofrimento alegrar todos os
imbecis, selvagens, mesquinhos e tacanhos de espírito que participam ou
assistem a estas exuberantes tertúlias subordinadas ao tema da prática da tortura
medieval.
É preferível
vender Mirós, aumentar o IVA em cinema, livros, música, teatro, do que evitar que estas, vis e execráveis “tradições e manifestações de cultura popular”
associadas a tortura, sofrimento e mostrando um total e gratuito desrespeito pela vida de seres vivos continuem a ser perpetradas.
Sabe-se lá que perversidades mais este país poderá oferecer-nos culturalmente.
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