segunda-feira, 29 de junho de 2015

execráveis "tradições e culturas" populares


A tradição e cultura de um povo é para se manter, dizem eles...


O enterro do galo (vivo)

Em Ruivós, através de Nuno Markl, descobriu-se que a tradição de carnaval é enterrar um galo vivo num buraco só com a cabeça de fora e a populaça diverte-se alarvemente a tentar acertar à paulada na sua cabeça.

Para incentivar a esta tradição que só honra o povo português, as crianças são pedagogicamente incentivadas a dar também as suas pauladas na cabeça do galo.







A queima do gato (vivo)

Em Mourão, Vila Flor, existe uma outra tradição que ainda perdura, que é a queima do gato.
A execução desta exibição tem elevados níveis de inteligência. Bastante superiores aos simplórios de Ruivós.

Pega-se num gato, põe-se dentro de uma bilha de barro e esta é pendurada num poste. Pega-se fogo à corda que prende a bilha com o gato lá dentro e cá vai disto.
Resta mencionar que o gato que foi honrado este ano como o alvo desta tradição tinha dona e esta concordou em submetê-lo a esta atrocidade.

Este ano a coisa correu mal porque o fio demorou muito tempo a arder, o gato ficou com o pelo “ligeiramente” chamuscado, segundo uma das bestas que assistiram a este evento cultural.
Consta que o gato viria a morrer depois consequência das queimaduras sofridas.

O vídeo pode ser visto aqui.




Touradas

A covardia, como em todas as anteriores, impera particularmente na tourada. 
Ser covarde e ter a mania que é macho é condição essencial para esta actividade cultural.
A tourada é outra das actividades bárbaras que enaltecem a nossa cultura e que como tal deve ser preservada.
Ela é particularmente sofisticada.

Sangram, desidratam, turvam a visão, obstruem os seus pulmões para que o touro já muito enfraquecido e bastante diminuído fisicamente, chegue à arena em condições para ser lidado.

Só então e nessas condições, as “corajosas e bravas” criaturas de apertadas leggings cor de rosa, que dão pelo reles nome de toureiros, consigam destroçar, rasgar os músculos, perfurar os pulmões, deslocar-lhe a coluna, causar-lhe hemorragias e simultaneamente consigam matar cavalos com ataques de coração, rasgar-lhes os músculos das patas e com um pouco de sorte atingem o auge e climax desta festa rasgando igualmente os seus ventres, fazendo espalhar sobre o chão as suas entranhas, enquanto os primitivos toureiros, se põem ao fresco, porque a sua bravura os impede de ficar na arena quando as coisas ficam literalmente de cor sangue vivo.






Tudo isto em frente de uma gentalha sádica, em número cada vez mais reduzido que paga para ver tortura medieval ao vivo.
Esta nobre actividade cultural só existe porque é patrocinada com dinheiros públicos. Quer do estado, quer das autarquias que abdicam de melhorar as condições de vida das populações em prol de muitos litros de sangue derramados na arena, e da morte e sofrimento de animais que estes pulhas dizem que não sofrem.


Se repararem em todas estas dignificantes tradições, os animais estão presos ou confinados, que é para a sua fuga não ser possível e não acagaçarem os seus valentes algozes e o seu atroz sofrimento alegrar todos os imbecis, selvagens, mesquinhos e tacanhos de espírito que participam ou assistem a estas exuberantes tertúlias subordinadas ao tema da prática da tortura medieval.


É preferível vender Mirós, aumentar o IVA em cinema, livros, música, teatro, do que evitar que estas, vis e execráveis “tradições e manifestações de cultura popular” associadas a tortura, sofrimento e mostrando um total e gratuito desrespeito pela vida de seres vivos continuem a ser perpetradas.


Sabe-se lá que perversidades mais este país poderá oferecer-nos culturalmente.


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