Noruega, ilha de Sammaroy - crédito Pedro Costa |
Ode ao Inverno
Inverno que não é triste
preciso é saber apreciar
a chuva que bate em riste
nas janelas a musicar
ondas e marés fazem-se sentir
espuma e maresias andam no ar
bate na praia de lábios a sorrir
ruidoso na areia a cantarolar
abanam caindo agradecidos
silhuetas pretas e inocentes
no chão pousam descontraídos
os ramos de folhas ausentes
troncos em lareiras a crepitar
secos encontrados no verão
encantado a vê-la dançar
a chama mais o seu clarão
água em poças aqui e ali
passa-se pé ante pé
da chuva não fugi
na pedra dei-lhe a minha fé
se por sorte no Inverno neva
sente-se bem que ela é fria
o teu sorriso ela não te leva
na minha mão te guardaria
paisagem a preto e branco
que tão bela e tão pura
vi-a carregado de espanto
esta alma que ela protege e cura
paisagem a preto e branco
que tão bela e tão pura
vi-a carregado de espanto
esta alma que ela protege e cura
Inverno de personalidade
tão profundo e imenso
no verão vou ter saudade
de ti que muito penso
Inkheart
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