Alma, de chama ausente
no caminho a olhar a dor
amortecida no que sente
por uma busca sem calor
Alma, sem esperança
na negridão que não clareia
deseja o que não alcança
o sonho a que é alheia
Alma, que caminha
cega sem parar
o tempo que a definha
na busca de não encontrar
Alma, sempre errante
no caminho a olhar a dor
amortecida no que sente
por uma busca sem calor
Alma, sem esperança
na negridão que não clareia
deseja o que não alcança
o sonho a que é alheia
Alma, que caminha
cega sem parar
o tempo que a definha
na busca de não encontrar
Alma, que muito agoniza
entre as minhas mãos cerradas
esse cansaço que se enraíza
num horizonte cheio de nadas
Alma, atolada no deserto
sem volta nem maré
O teu passo é incerto
não caias, fica de pé
Alma, quem és tu
que foges e não me compreendes
amarga filha de Nosferatu
que não soltas e me prendes
que foges e não me compreendes
amarga filha de Nosferatu
que não soltas e me prendes
Alma, sempre errante
imersa na longa solidão
essa raiva tão abrasante
que te seca à exaustão
Alma, que ruges furiosa
irrompes e uivas a dor
amaldiçoas a noite silenciosa
em gritos e choros de temor
Alma, que ruges furiosa
irrompes e uivas a dor
amaldiçoas a noite silenciosa
em gritos e choros de temor
Alma, o que tenho de fazer
pergunto-lhe eu por fim
será que terei de jazer
para deixar de ser assim?
Inkheart
Um grito na noite, intenso, este teu poema.
ResponderEliminarAlma, âmago do ser que norteia a vida, não com o que quereriamos sentir, mas com tudo o que se intensifica em nós.
Gostei muito de tua visita. E da 'solidariedade' dos sentires.
Bom fim-de-semana :-)