Não necessariamente por esta ordem: Charlie Haden, Dave Holland e Gary Peacock.
Dos três considero o mais elegante no seu instrumento, Charlie Haden, o mais versátil inclusive até na composição, Dave Holland e o melhor sideman contrabaixista que alguém pode desejar, que o diga Keith Jarrett, que não o "larga" há mais de trinta anos no seu trio, Gary Peacok.
Mas definitivamente sou fã da elegância...
Charlie Haden disse-nos adeus na passada sexta-feira, 11.07.
Cerca de um mês antes da sua morte, em Junho, tinha saído Last Dance. Um trabalho em colaboração com Keith Jarret que se iniciou em 2007 quando começaram a escolher os temas, todos retirados do Great American SongBook, que iriam tocar, ficando tudo concluído em 2010.
Nesse mesmo ano a ECM edita o primeiro álbum dessas sessões, Jasmine. É um dos meus álbuns preferidos no que respeita a duetos.
Jasmine é de uma elegância, lirismo e delicadeza muito grande. Charlie Haden toca o seu contrabaixo da maneira usual. Elegantemente, por vezes discretamente, mas essencial no suporte ao piano de Keith Jarret.
Saída dessas mesmas sessões sairia um segundo trabalho: Last Dance.
Relativamente a este álbum, Charlie Haden diria que se tratava de duas pessoas que dançavam uma com outra, uma química estabelecida entre o pianista e o contrabaixista.
Last Dance completa Jasmine. Diria que não faz sentido ter Last Dance sem ter Jasmine igualmente.
Tudo o que tornou Jasmine um prazer para os ouvidos e para alma, encontramos o mesmo em Last Dance. Serenidade, suavidade, elegância e muito veludo.
Em ambos, Jarrett contém-se nos seus usuais gemidos o que não deixa de ser outra contribuição positiva para os dois álbuns.
O Guardian através de John Fordham, escrevia na sua crítica a Last Dance que esperava que não fosse a última para esta pareceria. Infelizmente foi.
O tema Goodbye é retirado do álbum Jasmine. Pareceu-me (obviamente) adequado.
Sem comentários:
Enviar um comentário