Como instrumentistas são poucas as que se destacam. Lembro-me essencialmente das pianistas Carla Bley, Eliane Elias e Marilyn Crispell, das contrabaixistas Linda Oh e Esperanza Spalding (que também canta) e a percussionista Marilyn Mazur.
Mas Portugal também tem a sua menina do jazz. Chama-se Susana Santos Silva e é trompetista.
Recorda que começou a tocar trompete bem cedo. Aos sete anos. Por influência do avô que tocou esse instrumento numa banda marcial.
Vinda do Porto e com trinta e quatro anos já tem experiência que baste.
Toca regularmente na Orquestra de Jazz de Matosinhos. Já tocou com Lee Konitz, um saxofonista alto, a já mencionada Carla Bley e com o baixista Steve Swallow.
Em 2011 gravou o seu primeiro álbum - Devil's Dress - num quinteto liderado por si e este ano gravou outro em duo com o contrabaixista sueco Torbjön Zetterberg.
Para além do duo com o sueco, a nossa trompetista ainda participa em vários duos com vários pianistas, um dos quais português e com o baterista, também português, Jorge Queijo.
Pelo meio é "dona" do trio Lama baseado na Holanda com quem onde editou o álbum Lamaçal.
É uma miúda ocupadita ;)
Para este fim de semana escolho um tema tocado em duo com o baterista Jorge Queijo. Um projecto designado SSS-Q, aproveitando as siglas dos seus nomes.
O vídeo é curioso porque podemos ver e ouvir mais que a Susana a tocar o seu trompete. Podemos também ver e perceber os sons que o Jorge consegue tirar da sua bateria.
É um jazz que sai um pouco fora daquilo que as pessoas estão habituadas a ouvir e que usualmente costumo colocar na Esteira. Desta vez é um jazz mais experimental, abstracto e avantgarde.
Bom fim de semana :)
Muito interessante este post sobre mulheres no jazz. Mas, com pena minha, não fizeste referência à pianista Hiromi Uehara que eu acho brilhante! Acho o álbum Time Control absolutamente obrigatório... :)
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