Tenho adiado a escolha porque sempre pensei que este tema merecia um melhor vídeo do aquele que tem.
Mas agora chegou a hora dele.
Planície é um tema tranquilo. Evoca a vastidão, a serenidade, a ausência de pressa, onde o tempo tem tempo para ele próprio.
Faz-nos viajar. Tem um som exótico, uma sonoridade que nos transporta para as grandes distâncias e para os grandes espaços. Leva-nos para o longínquo.
Quem ler este post de certeza que já estou em trânsito para a Rússia ou já lá terei chegado.
Parto hoje numa viagem que me vai levar nas próximas semanas, a cruzar planícies e estepes sem fim.
A bordo do transiberiano cruzarei essas grandes distâncias e os grandes espaços.
Passarei boa parte delas a atravessar a sibéria na Rússia, o deserto de Gobi, na Mongólia e as montanhas do norte da China a bordo do transiberiano na rota transmongol.
A calma e a paz farão parte dessas paisagens. Estarei longe de tudo, longe da civilização.
Ocasionalmente pararei numa ou outra pequena cidade, numa ou outra pequena vila. Pequenos, calmos e simples apeadeiros da vida da Ásia profunda e remota.
A excepção que será a regra desta viagem são as três grandes estações, as três capitais dos três países que o meu corcel de ferro unirá ao longo de 8000 km de ferrovias.
Aqui a serenidade dos grande espaços será substituída e obliterada pelo frenesim da vida urbana. O outro lado da mesma moeda. Não tem que ser mau.
Mas isso ficará para depois.
Agora apreciemos a simplicidade de Na Planície.
Recostemos a cabeça numa almofada, fechemos os olhos e imaginemos a vastidão dessas paisagens a abrirem-se à frente dos nossos olhos cerrados. Com um pouco de sorte sentiremos a brisa a acariciar suavemente os cabelos, minúsculos grãos de areia a baterem levemente no nosso rosto e ao longe, abafado pela distância, o apito de um comboio.
Bom fim de semana e até daqui a umas semanas. :)
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