quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

um felino na casa de um dog lover


Exactamente há um ano, poucos meses depois de o Thor ter partido, entrava pela minha porta dentro e pela primeira vez na minha vida um felino, o Miles.
Assim, em vez de pêlo de cão na carpete tenho agora pêlo de gato na roupa e deixei de ouvir um latir atrás da porta quando a abria para ouvir um miado à janela da minha casa quando ele me vê a chegar.

Passei a ter um gato que quando estou na cozinha impede a utilização do lava louça porque é de lá que ele vê o que se vai passando.
E estou sempre preparado para que de um momento para outro utilize a minha casa para uma corrida de obstáculos com alguns deles a serem derrubados ou como uma pista de aceleração quase sempre descontrolada entre a minha sala e a porta de entrada.
Agora já sei que quando subo as escadas para o meu quarto tenho que ir pela direita, e quando as desço tenho que ir pela esquerda, porque o outro lado é para o felino que passa por mim sempre a correr com a cauda bem ao alto ao mesmo tempo que vai "falando" comigo.

Aprendi que ele vê insectos que nenhum de nós consegue ver, mas que pelo sim pelo não, vai caçá-los e que quando come as bolinhas de ração, estas têm que ser emboscadas com todo o cuidado não vão elas fugir espavoridas quando o pequeno e perigoso felino se aproxima delas para as devorar.
Qualquer lata que eu abra pensa sempre que é para ele e quando não é, ele tem que ter a certeza disso. Quanto a compras, essas, só podem ser arrumadas depois serem verificadas uma a uma.


Fiquei com o Miles estava ele a passar um mau bocado na vida.
Abandonado, com cinco meses, estava exposto ao frio ríspido de Fevereiro a viver numa bomba de gasolina e andar por entre rodas de carros e camiões. Estava muito magro, débil e sofria de coriza severa. Estava quase cego de um olho e tinha uma forte infecção pulmonar.
Recuperou de tudo isso.

Agora com cerca de um ano e meio de vida, o Miles aburguesou-se.
Tem um lombo que mostra que a vida lhe corre bem, que o frio e a fome.já não passam por si. Não precisa de se aquecer por debaixo de carros, entre pneus e tubos de escape e de cheirar o chão há procura de algo que se coma. Há muito que tem a sua própria caixa de cartão forrada com uma pequena manta.
É um gato meigo, de olhos vivos e bem atentos. É extrovertido, travesso, infinitamente curioso e muito irrequieto.

E melhor que tudo isto, anda sempre ao meu lado, tem um motorzinho dentro dele sempre pronto a ronronar e à noite o melhor sítio que ele tem para dormir é a... minha cama.

Para mim que sou um dog lover, ter um felino em casa é muito, muito fixe :))).


P.S - não tenho nenhuma fotografia actualizada do bichano, assim que a tiver aviso ;)


2 comentários:

  1. então, e o Tripé? não tem direito a um post? :D

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    1. Claro que xim :)). Ele está a caminho dos três meses comigo. Quando fizer uma ano... ;)

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