O mundo está um pouco melhor pela vitória de Hollande nas presidenciais francesas. Torcia por ele. Alguém a pensar diferente do rebanho, mesmo que utopicamente, é sempre positivo.
No fim tudo irá ficar na mesma. As ideias de Hollande serão trucidadas pela voragem da austeridade imposta pela neo nazi Merkel que é quem contribui com as massas para a Europa e que os seus vassalos obedientemente seguem.
Não ter que olhar e ouvir e olhar o palhacito Sarkozy é um alivio.
Não há dúvida que em tempos de crise, o verniz da civilização estala rapidamente e a dignidade desaparece. Quando apanhei wi fi num hotel algures no Vietname, soube dos disturbios e até pilhagens que tinham acontecido em Portugal devido à promoção do Pingo Doce. Não fiquei surpreendido. Quando há grandes necessidades e se tem a ganância por parceira, os brandos costumes perdem-se.
Não estou contra a promoção, parece até que é possível que venham a haver mais, mas o Pingo Doce podia ter feito a coisa com mais classe.
Deu também para perceber que somos cada vez menos um país de indignados e cada vez mais de resignados. O movimentos dos indignados enfraqueceu fortemente passado um ano. Sinais que a esperança está mais longínqua e a esvair-se. Quem reclama, acredita...
Mais uma vez o Benfica perdeu o campeonato. Esta chateou-me. Porque Jorge Jesus perdeu o campeonato de futebol para um cepo como o Vitor Pereira e isso só o torna um cepo ainda maior. Nada mais a dizer.
Portugal está mais pobre e eu mais triste pela morte de Bernardo Sasseti.
A par de Sequeira Costa e António Pinho Vargas, Bernardo Sasseti é e será sempre para mim um dos grandes senhores do piano nacional.
Conheço pouco da sua vida pessoal, mas conheço alguma coisa do seu percurso musical.
Dele, há para mim uma peça escrita por si que pessoalmente traduz a excelência do músico que era, chama-se Noite e foi composta em 2005 para o filme Alice de Carlos Martins.
Até sempre Bernardo.
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