domingo, 1 de abril de 2012

compra de fim de semana - Manu Katché





Neighbourhood foi não só uma das grande compras do fim de semana passado, mas também uma das melhores compras de sempre.
É um prazer ouvir e voltar a ouvir este primeiro trabalho (2005) do francês Manu Katché como bandleader para a etiqueta alemã ECM.

Katché tornou-se conhecido no mundo da música como baterista de Sting e de Peter Gabriel, mas a lista de colaborações é extensa: Manu Chao, Dire Straits, Simple Minds, Eurythmics e por aí fora.
Mas outro dos nomes com o qual ele trabalhou foi Jan Garbarek e desde 1989.

E é precisamente com esse mago da ECM que Katché conta na sua formação em Neighbourhood, o saxofone de Garbarek.
Na linha de sopros deste álbum, Katche conta ainda com outro grande músico da família ECM, o trompetista polaco Tomasz Stanko. E estes dois Senhores do jazz europeu são e estão extraordinários.
O pianista Wasilewski e o contrabaixista Kurkiewicz, também polacos, completam o quinteto de Manu Katché, e pertenciam igualmente ao quarteto de Stanko na altura.

Quando ouvi pela primeira vez este álbum e logo nas duas primeiras faixas - November 99 e Number One - a ideia que me transmitiu de imediato foi de um som de jazz sofisticado.
Se tivesse que definir em poucas palavras Neighbourhood, diria que era sofisticado, muito reflexivo, mas cheio de simplicidade e elegância.
E Katché, um baterista, tendo composto todas as faixas deste seu trabalho, surpreende pela integração harmoniosa e completa de todos os instrumentos, onde ele próprio naturalmente está presente, mas sem ser dominante, sem ser "egoísta".


Neighbourhood é um álbum com muito, muito boa onda. É um regresso a casa, onde sem perder a modernidade, o jazz ainda é... jazz.
Vai bem com um dia de sol e vai bem com um dia de chuva.
Tanto pode começar positivamente o dia estando presente no nosso pequeno-almoço, como encerrar a chave de ouro esse mesmo dia, ou, melhor ainda, dar início a uma bela noite.





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