segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Grande Ecrã - A Lenda dos Guardiões

Inauguro aqui uma rubrica que pretendo que seja regular. Sem grande imaginação vou chamar-lhe "grande Ecrã" ;).
Será sobre cinema. Porque é uma das coisas que mais gosto. Vou frequentemente, mais ou menos todos os fins de semana.
Tento sempre ver filmes potencialmente interessantes.
Filmes que me façam pensar (Ensaio sobre a cegueira), que me desvendem mundos diferentes que gostava de conhecer (Avatar), ou talvez não.
Que me identifiquem com causas (Lista de Schindler), que me marquem e que se tornam parte de mim (O Estranho Mundo de Jack).
Que me dêem a conhecer heróis comuns (Gran Torino) ou pessoas extraordinárias (Milk).
Que seja capaz de suavizar a minha alma (O Sítio das Coisas Selvagens) ou que me inquietem profundamente (o Exorcista).

Mas não sou um purista do cinema, também faço concessões ao "lixinho" :).
Já vi filmes que vivem exclusivamente dos efeitos especiais (2012), da pancadaria (Mercenários), ligeiros (A-Team) e filmes verdadeiramente da treta (Transformers 2).

Começo com o filme de animação 3D que vi este fim de semana - A Lenda dos Guardiões.
Um filme com ligeiras nuances bélicas, que tem como animal central, as corujas.
Este filme para mim tem um problema. Não é uno. Ou seja, a vertente argumento e vertente técnica são facilmente distinguíveis e separáveis.
Pelo lado do argumento é banal, batido e previsível.
Trata-se do clássico do bem contra o mal, a lenda que afinal até é verdadeira, os sonhos que se devem perseguir e acreditar porque no fim eles acontecem e até excedem as perspectivas. Nada de mais.

Mas a técnica, a realização é excepcional. Visualmente, é exuberante e arrebatador, ou não fosse o seu realizador Zack Snyder, o mesmo de 300 e Watchmen.
A técnica 3D e a animação das corujas são tudo neste filme. Os trechos em câmara lenta são tremendos. Damos por nós admirar as sequências de voo (e de combate), como as penas das corujas se movimentam, a transparência rosada dos seus bicos, o desenho dos seus olhos, a perfeição da colisão das gotas de águas com os seus bicos e asas durante o voo na tempestade (excelente!), ou os detalhes das máscaras guerreiras que as corujas usam.
É fácil esquecermos que estamos perante um filme de animação em vez de acção real.
Só pela perfeição desta realização vale a pena ver este filme.
Compara-o muito a Avatar pela maneira como nos coloca "lá dentro".




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