sábado, 14 de julho de 2012

uma música para o fim de semana - Rolling Stones


Há 50 anos deram o seu primeiro concerto, a 12 de Julho no Marquee Club em Londres.
Puseram a língua de fora - desenhada por John Pasche - inspirada na boca de Mick Jagger, pela primeira vez em 1971 quando o seu álbum, Sticky Fingers foi lançado.
A partir daí nunca mais a recolheram.

Agora pediram ao artista Shepard Fairey que a redesenhasse pela comemoração dos 50 anos de carreira.




No caso deles diz-se que foram o álcool e as drogas que os conservaram.
Quase, quase a fazer os 70 anos, Mick Jagger, comemora-os no próximo dia 26 de Julho e Keith Richards em 18 de Dezembro, também este ano, eles são o sangue vital dos Rolling Stones e os que mantêm a tinta a correr no que diga respeito a notícias vindas desta banda.
Muito do passado e certamente do futuro daquela que é para mim a maior e melhor banda do mundo, passa por estes dois homens.




Keith Richards disse recentemente que gostaria de fazer ainda um ou dois concertos para ver o que dava.
Os rumores dizem que um tour dos Stones pode ainda sair este ano, outros dizem que é quase certo uma digressão em 2013.
A última vez que os Rolling Stones tocaram em Portugal foi no ano 2007 no Estádio de Alvalade.

Da tarefa quase impossível de escolher a minha canção preferida de toda a discografia dos Stones, elejo uma das muitas minhas preferidas - She´s a rainbow.
É do longínquo ano de 1967 e pertence ao álbum Their Satanic Majesties Request. Época em que os Stones provavam tudo o que havia para cheirar e não só.
Talvez por o isso título é tão colorido e a letra tão psicadélica. A entrada do piano logo no início da canção ainda hoje me fascina.


Have you seen her dressed in blue
See the sky in front of you
And her face is like a sail
Speck of white so fair and pale
Have you seen a lady fairer?
.
.
.
Have you seen her all in gold
Like a queen in days of old
She shoots colours all around
Like a sunset going down
Have you seen a lady fairer?


Bom fim de semana :)




quinta-feira, 12 de julho de 2012

quando o meu gato ronrona





quando o meu gato ronrona

Quando o meu gato ronrona,
lenços de texturas coloridas que encantam
secam as lágrimas pálidas que pelo meu rosto cantam.

Quando ele ronrona,
livres, de voltam trazem os augúrios ventos
agora doces e suaves, os doridos pensamentos.

Quando ele ronrona,
por cada chavena quebrada que a vida me traga
um cubo de açucar adoça o sabor que amarga.

Quando o meu gato ronrona,
ahhh que sensação boa de tempo suspenso,
lentas descansam, as horas em nuvens de incenso.

Portanto, não pares meu gato, não pares.
Por cada ronronar que tu fazes,
mais doces são, os momentos que me trazes.


Inkheart


domingo, 8 de julho de 2012

compra de fim de semana - Tomasz Stanko





Neste momento Soul of Things é um dos meus álbuns favoritos para ouvir ao fim do dia.

A música do polaco Tomasz Stanko e particularmente o seu trompete, flui suavemente.
É subtilmente colorida. Faz lembrar uma aguarela de cores suaves e quentes, descrevendo uma paisagem banhada pela luz já baixa após o sol se pôr.
Ela é espiritual e por vezes quase hipnótica.

As composições são simples e muito lineares, assim como o ordenamento das faixas na contracapa do cd. Elas em vez dos usuais nomes apelativos, elas estão simplesmente ordenadas de um a treze, Soul of Things I - XIII.
Com um olhar para o leitor de cds sabe-se de imediato qual a faixa que está a passar, não é preciso andar com a caixa para se conhecer o título da música.

Descrito desta maneira corro o risco de dar a ideia que é um álbum algo monótono.
Mas Stancko com o seu quarteto - Tomasz Stanko no trompete, Marcin Wasilewski no piano, Slawomir Kurkiewicz em contrabaixo e Michal Miskiewicz na bateria - inteiramente polaco, consegue nas alturas exactas inserir uma pincelada mais vibrante, mais incisiva que sem destoar, complementa na perfeição o ambiente melódico.

Um bom exemplo são as faixas III e XI. Uma mais vibrante e mais vigorosa, a outra, mais inquieta, como se Stancko estivesse à procura de algo. Mas nenhuma delas perde a linha evocativa dos restantes temas.

Soul of Things acolhe-nos. É fácil ouvi-lo repetidas vezes sem cansar.
É bom para ouvir no fim de tarde, no regresso a casa, quando as agruras do dia pesam na cabeça e no corpo, e relaxadamente de copo de vinho ou gin tónico na mão, sabe bem ouvir algo que naturalmente capta a nossa atenção, mas sem a exigir.