Hoje a lua vai estar na fase de Lua Cheia, situação que ocorre naturalmente com o ciclo lunar de 29 dias.
Mas desta vez, coincidentemente, a lua vai estar igualmente no perigeu.
O perigeu é o ponto da órbita - uma elipse - onde a Lua está mais próxima da Terra (aprox 354 000 km).
Ao ponto oposto do perigeu, chama-se apogeu (aprox. 410 000 km).
Esta coincidência, Lua Cheia e perigeu, ocorre aproximadamente de 18 em 18 anos. Tendo a última acontecido em 1993.
Isto significa que hoje, quando ela nascer, podemos observar uma lua com um diâmetro aparente cerca de 14% maior e 30% mais brilhante do que quando se situa no apogeu para a mesma fase.
Sócrates num curto espaço de tempo foi censurado 3 vezes.
A primeira pelo Bloco de Esquerda. Na verdade, esta moção de censura estava condenada ao fracasso logo à nascença. Fundamentada em premissas erradas, serviu para dar visibilidade ao BE e pouco mais. Irrelevante. Sócrates não lhe deu importância e talvez bem.
A segunda, mais séria, pertence a Cavaco Silva no discurso da tomada de posse do seu segundo mandato. Disse o que vai na alma dos portugueses e causou incómodo nas hostes do PS.
A terceira, aquela que mais devia ter incomodado Sócrates, foi a manifestação Geração à Rasca que se traduziu verdadeiramente por um País à Rasca. Centenas de milhar de pessoas desfilaram em Lisboa e noutras cidades do país.
No rescaldo destas censuras e ignorando-as, o governo apresenta o PEC 4, um novo plano de medidas de austeridade.
Previamente acertadas com a UE/ BCE, Sócrates argumentou que eram as medidas necessárias para obter o apoio financeiro tão necessário da Europa.
Mas foi no entanto o acto mais deselegante que Sócrates teve para com o país até ao momento.
Não falou com a Concertação Social, não falou com Presidente da República, não falou com o Parlamento e nem sequer com alguns dos seus próprios ministros.
Apresentou as novas medidas como um dado adquirido, mesmo sabendo que precisaria da aprovação do Parlamento para que elas passassem.
Pedro Passos Coelhos reafirmou que não aprova o PEC 4. A restante oposição alinha pelo mesmo diapasão.
Sócrates chantageia o parlamento e diz que se o PEC 4 não for aprovado demite-se e há eleições antecipadas com a consequente quebra do financiamento do país. Afirma que o esforço financeiro feito por Portugal até agora vai por água abaixo, perde a credibilidade junto dos mercados internacionais e fica colocada em causa a capacidade do país honrar os seus compromissos financeiros.
É uma fuga para a frente. Uma vez que recentemente a Moody's baixou o rating de Portugal da dívida portuguesa em 2 níveis, mesmo com três PECs aprovados e com um quarto já planeado.
A desconfiança dos mercados financeiros continua a aumentar no que respeita à capacidade de Portugal ser capaz de cumprir os seus compromissos. Não será o anúncio de novas medidas de austeridade que vai inverter a situação
O facto é que Teixeira dos Santos tinha estabelecido um tecto de 7% de juros para a intervenção do FMI e há vários meses que os juros estão paulatinamente a subir e neste momento rondam os 8%.
É muito falacioso e patético afirmar que os juros estão a subir devido ao clima de incerteza política e pela possibilidade de eleições antecipadas causadas pela quase certa reprovação do PEC 4.
Sócrates nem sequer pode invocar a confiança dos mercados ou a necessidade de consolidação orçamental, para defender o novo PEC. Será mais do mesmo e outros virão.
Quanto à ideia de ver Sócrates a candidatar-se mais uma vez a Primeiro Ministro em caso de eleições antecipadas como afirmou à SIC, é mau demais para ser verdade.
Acabei de descobrir que hoje se comemora o dia do Pi.
E porquê hoje? Porque 14 de Março no sistema americano é representado por 3/14 e se quisermos sermos mais precisos, o Pi comemora-se às 1h 59m e 26s.
E porquê de novo? Porque o valor de Pi pode ser representado por 3.1415926.
Mas ele não para por aqui. Pode ser representado com a precisão que quisermos, porque o número de casas decimais é infinito.
Ree, uma jovem de 17 anos que sustenta uma mãe doente e dois irmãos muito novos está em risco de perder a casa, quando o pai, um produtor e traficante de drogas, dá a casa como fiança para sair da prisão e acaba por não comparecer à justiça. Para manter a casa Ree tem de encontrar o pai.
É através da busca que Ree enceta que a realizadora Debra Granik nos conduz a uma América esquecida e recôndita que se rege com regras e valores próprios, que Despojos de Inverno nos mostra.
É um filme cru, filmado de uma maneira nua e sombria, sem grandes preocupações com planos inovadores e complexos ou cenários grandiosos.
Despojos de Inverno não é um filme de grande dinâmica, mas prende a atenção e induz tensão em quem o vê. Desenrola-se de uma maneira lenta mas inexorável.
As personagens são compostas de uma maneira abafada, sóbria e tensa.
Jennifer Lawrence (Ree) tem uma prestação fantástica. É ela que faz o filme. Contida mas cheia de emoção. Determinada e dura como o ambiente e como a comunidade fechada e cheia de segredos que a rodeia.
É pessoalmente mais merecedora de um óscar para melhor actriz que Natalie Portman (Cisne Negro).
Assim como John Hawkes excepcional como Teardrop, perderia por sua vez o óscar de melhor actor secundário para Chiristian Bale (The fighter)
Mas se pensarmos que Winter's Bone é um filme independente, de baixo custo, fora do circuito comercial e portanto fugindo ao controlo de Hollywood, o facto de ter quatro nomeações - melhor filme e argumento adaptado são as restantes- para os óscares é por si só uma vitória para os que nele participaram.
Uma nota menos para o final.
Depois de tanta luta para encontrar o pai e assim arranjar o dinheiro que lhe vai permitir manter a casa, ele, o dinheiro, vai-lhe cair directamente nas mãos. A explicação dada é breve e pouco convincente.
É um final pouco coerente para mais de hora e meia de filme de vicissitudes de Ree.