quarta-feira, 15 de maio de 2024

15 de Maio 2024 - Nakba 76


À Nakba está associado um objecto que é muito querido aos palestinianos: a chave de casa.
Quando no dia a seguir à criação do estado de Israhell, mais de 750 000 palestinianos foram obrigados a sair das suas casas, das suas terras, do seu país. Com eles foi tudo o que podiam levar ou carregar.

Entre os objectos que todos trouxeram estavam as chaves de sua casa numa esperança de voltar a elas.
Nunca lhes foi permitido voltar. As chaves foram guardadas passam de geração em geração.
Tive a oportunidade de ver algumas centenas delas, e conhecer a história de algumas, na comunidade de refugiados de Shatila, uma cidade dentro de outra cidade (e capital), Beirute.

Conheci dois sobreviventes, jovens na altura, da Nakba de 1948. Ainda hoje, quando falei com eles, têm a esperança de abrir as suas casas com as respectivas chaves.








76 anos de Nakba


Passaram 76 anos que infamente os judeus zionistas, massacraram e expulsaram das suas os arábes palestianianos.
Após 76 anos, e de novo,e mais uma vez, com o conluio, conivência, silêncio e apoio das lideranças dos políticos ocidentais, a Palestina assiste desde de 7 Outubro de 2023 ao seu genocídio às mãos porcas dos zionistas de Israhell.

À data de hoje 35 mil palestinianos foram assassinados pelos israehellitas usando armas e munições fornecidas pelos mundo ocidental.
Morrem não só pelas armas. Morrem à fome, falta de tratmento médico, falta de medicamentos, falta de água de água, falta de higiene, doença que grassam pelo território, debaixo dos escombros das suas casas destruídas.

A ajuda humanitária não chega ou é destruída, vandalizada pelos israehellitas com a permissão do seu exército.
Quando a pouca ajuda humanitária chega ao seu território são atacados, bombardeados, assassinados por snipers que estão à espera que eles cheguem ao que desesperadamente precisam.

76 anos da primeira Nakba, enfrentam uma segunda Nakba. Tudo, tudo se repete. Nada mudou. O cinismo, a hipocrisia e o sadismo ocidental é o mesmo. Os que sofrem são os mesmos. Os problemas que enfrentam são o mesmo. O direito à sua existência, ao seu país, suas terras, suas casas continua a serem-lhes negados.