sábado, 14 de maio de 2016

uma música para o fim de semana - AC/DC



Esta semana é difícil não fugir ao grande evento musical, no sábado passado, que foi o início do tour mundial Rock or Bust dos AC/DC.
O primeiro grande concerto (e teste) foi em Lisboa no passado dia sete de Maio. Muitos milhares de ouvidos na multidão a assistir e algumas dezenas de outros da imprensa, estiveram atentos ao que se ia passar.

Todos sabiam que Axl Rose foi o eleito para substituir Brian Johnson na frente dos AC/DC. A sua escolha foi polémica e pouco consensual. O egocêntrico Axl Rose tem passado os seus últimos anos nas ruas da amargura e o que tem feito não tem sido grande coisa, nem convincente.

No fim do concerto a voz de do norte-americano parece ter calado todas as reticências que se levantaram relativamente a ele e ainda bem que foi assim.
A malta que gosta dos australianos AC/DC merecia uma alternativa à altura. E Axl parece que fez pela vida e conseguiu agarrar a cadeira do poder de Brian Johson e vai fazer integralmente o tour Rock or Bust.


Confesso que sou dos que ofereceram (e oferecem) resistência à entrada de Axl e se tivesse o bilhete talvez o tivesse trocado. Ainda não me habituei à ideia desta modernice.
Se virmos bem, há quase quarenta anos, ele entrou para a banda em 1980, após a morte de Bon Scott no mesmo ano, que Brian Johnson dá a voz, e os pulmões, aos AC/DC. Não é fácil ver outro no lugar dele. Sou como os filhos que não gostam de saber que o pai ou a mãe têm o coração ocupado por outra pessoa que não aquela a que se habituaram a ver durante a sua vida.
Quer se queira quer não, ao ouvir Axl Rose a cantar, a comparação com os Guns é imediatamente feita. É estar a ouvir AC/DC e a pensar noutra banda. Apesar de inevitável, não e justo para Angus Young e companhia.


Desde a fundação dos AC/DC em 1973, já passaram por eles quatro vozes.
A original, Dave Evans, a mítica, Bon Scott, a eterna, Brian Johnson, e... Axl Rose.

Para "uma música para o fim de semana" desta semana, elejo na voz de Johnson, aquela que é para mim A canção dos AC/DC: Thunderstruck. Surge no álbum The Razors Edge de 1990.
Há um poder imenso e uma energia ilimitada que emana nesta canção. Tudo em mim se incendeia e faz ignição ao ouvir o fabuloso (e o melhor do mundo) riff da guitarra de Angus Young a dar a introdução do tema até à voz de Brian Johnson irromper e tornar pequeno qualquer espaço onde quer que ele esteja.

A intensidade absolutamente electrizante e vibrante da energia de Thunderstruck ao vivo no concerto de 2009 em River Plate na Argentina.


Bom fim "thunderstruck" de semana :)




I was caught
In the middle of a railroad track (Thunder)
Looked around
And I knew there was no turning back (Thunder)
My mind raced
And I thought, "What can I do?" (Thunder)
And I knew
There was no help, no help from you (Thunder)

Sound of the drums
Beatin' in my heart
The thunder of guns
Tore me apart

You've been thunderstruck

Went down the highway
Broke the limit, we hit the town
Went through to Texas, yeah, Texas
And we had some fun
We met some girls
Some dancers who gave a good time
Broke all the rules, played all the fools
Yeah, yeah, they, they, they blew our minds

And I was shakin' at the knees
Could I come again please?
Yeah, the ladies were too kind

You've been thunderstruck
Thunderstruck
Yeah yeah yeah, thunderstruck
Ooh, thunderstruck
Yeah

Now we're shaking at the knees
Could I come again please?

Thunderstruck
Thunderstruck
Yeah yeah yeah, thunderstruck
Thunderstruck, yeah yeah yeah

Said yeah, it's alright
We're doing fine
Yeah, it's alright
We're doing fine, so fine

Thunderstruck, yeah yeah yeah
Thunderstruck, thunderstruck
Thunderstruck
Whoa baby baby, thunderstruck
You've been thunderstruck
Thunderstruck
Thunderstruck
Thunderstruck
You've been thunderstruck


quinta-feira, 12 de maio de 2016

uma citação



E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música.

Friedrich Nietzsche





terça-feira, 10 de maio de 2016

sinais dos tempos





É fantástico que Londres tenha elegido para mayor (o equivalente inglês de presidente de câmara) um muçulmano filho de pais emigrantes do Paquistão.
É a primeira capital europeia suficientemente evoluída para que tal aconteça. Sadiq Khan está para a moribunda e incapaz Europa como Barack Obama esteve para os Estados Unidos.
Uma enorme quebra de preconceitos. Especialmente nos tempos que correm em que os muçulmanos e o islamismo são confundidos com terroristas, esta eleição londrina é uma esperança na maior compreensão e aceitação de uma religião mal amada e incompreendida.

Pode pensar-se que Londres tem uma natural propensão para a tolerância racial e religiosa.
É uma enorme metrópole com mais oito milhões e meio de habitantes.
Existe gente de todos os países do mundo, representando uma variedade imensa de culturas, raças e crenças.
É visível a presença dessa multiculturalidade através dos diferentes modos de vestir, das diferentes línguas que se ouve, no que se pode comprar nas lojas, na gastronomia variada que os restaurantes oferecem.
A convivência diária com esta diferença de culturas torna os seus habitantes mais abertos, mais aptos a ignorarem o que os distingue, a irem para além do acessório e fixarem-se na essência.

Tudo isto é verdade, mas relativizar a eleição de um muçulmano para o posto maior administrativo da cidade de Londres é um erro.
De verdade que souberam efectivar, concretizar esta abertura. Podia não ter acontecido.
É pouco crível que este exemplo se multiplique no curto ou médio prazo pela Europa fora. Mas o primeiro passo foi dado. E é sempre o mais difícil de dar.



segunda-feira, 9 de maio de 2016

série "estatsiticas da vida" - CLXXIII



Sinceramente, esta coisa de zombies começa a chatear. Estão por todo o lado na televisão.
Pessoalmente preferia que eles se comessem uns aos outros para depois se encontrarem com o Michael Jackson e darem todos um passinho de dança.