sábado, 29 de outubro de 2016

uma música para o fim de semana - Liliana Correia


Sempre tive uma carinho especial por esta música. Quer pela voz da Liliana Correia, quer, e particularmente, pela letra da música.
In Your Dreams existe apenas por si só. Não faz parte de um disco ou de uma colectânea. Foi especificamente composta para a TMN em 2007, por Armando Teixeira (projecto Balla) quando esta atingiu os seis milhões de clientes.

A voz de Liliana é doce e meiga. Convida ao conforto, à evasão, à ausência de fronteiras, aos sonhos impossíveis.
A canção foi de tal maneira um sucesso que nove anos depois, ela ainda é a eleita para o toque de muitos telemóveis, mesmo para os que não são MEO (antiga TMN).

A canção começa com uma frase muito bonita:

I have no dreams locked inside of me


Faz sentido. Os sonhos, quando estes existem, são como as aves. Não podem estar presos, que algo ou alguém cortem, magoem as suas asas. Eles são para ir e vir. Para poderem voar tão lá no alto, que acreditamos que já não voltam, outras para andarem ali à nossa frente, até que, sem nos apercebamos, gentilmente eles pousem na nossa mão.

Mas para isso é preciso que encontremos um. Ou que mereçamos ter um.
E depois não podemos falar alto ou falar muito sobre ele. Caso contrário...


Até já e bom fim de semana :)






sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Grande Ecrã - Star Trek, Além do Universo


Se em vez de um filme sobre naves espaciais fosse sobre carros e miúdas em tops e calções minúsculos, Star Trek teria sido um filme bem mais interessante. Justin Lin realizou Star Trek como se fosse um dos infinitos filmes da saga Velocidade Furiosa e falhou redondamente.
Para quem se prende com o derreter de pneus no asfalto dos carros de Dominic Toretto e Brian O' Conner, vai gostar de ver, e reconhecer, a cena de mota entre Kirk e a sensual Jaylah.

Apesar utilizar efeitos especiais por vezes pouco convincentes, em barda, tentar imprimir algum ritmo e acção, abusa da sobre-edição, de excessivos e confusos revolteios de câmara a causar náuseas, o filme arrasta-se durante quase duas horas de uma maneira trapalhona, sem nos envolver, sem nos atirar lá para dentro.

Uma das mais valias deste e qualquer outro filme Star Trek, e que tinha superado as minhas expectativas quer no primeiro, quer no segundo filme de Star Tek, o capitão Spock do brilhante Zachary Quinto, cai por terra com Justin Lin e com os argumentistas.
Falta-lhe profundidade, aquela lógica, aquela filosofia fria e reducionista tão atraentemente...vulcana.
Chris Pine está longe de conseguir vestir plenamente a pele do capitão Kirk.
O reptiliano Krall é o mau da fita, desempenhado por um irreconhecível, mas esforçado e igualmente perdido, como todos os outros actores, Idris Elba.

O argumento é linear. Uma crise existencial de Spock e de Kirk, leva-os a considerar a hipótese de deixarem a Enterprise para trás. Entretanto e previsivelmente um pedido de última hora, um apelo ao dever que os leva a reconsiderar as decisões, e lá vão eles para as estrelas de novo.

No entanto há um ponto alto neste Star Trek: a destruição da nave Enterprise.
Há aqui uns momentos de alguma angustia e incredulidade por aquilo que os nossos olhos estão a ver. Será que vai mesmo ser destruída, ou vai ficar só um bocado estragadita? A fim ao cabo, não estamos nada habituados a ver a nossa querida e amada nave Enterprise feita em cacos. Mas fica mesmo! E nada se aproveita dela.

Quando o filme acaba sinto um certo alívio por me levantar da cadeira e ir fazer outra coisa qualquer. Entretanto penso no título e questiono, para além de quê, de que universo??
- Levar o aborrecimento até onde este ainda não tinha ido. É a resposta que me ocorre.






quarta-feira, 26 de outubro de 2016

série "vencedores" - Selecção nacional feminina de futebol


Os rostos mais bonitos do futebol nacional, apuraram-se ontem, pela primeira vez na história do futebol nacional, para o Campeonato Europeu 2017 a decorrer na Holanda.
A selecção nacional feminina de futebol chutou para canto as romenas ao derrotá-las em sua casa por dois um. Empate a zero aos 90 minutos, golo decisivo no prolongamento por Andreia Norton.

A desbravar terreno para as que vêm atrás, para as sucessoras, a atirar preconceitos ao tapete.
Não tiveram direito a jogo na televisão, nem relatos nas rádios, mas estiveram nas primeiras páginas dos jornais desportivos.
Não existem escolas de formação femininas e para as que estão a dar os primeiros passos no mundo do futebol, que têm que jogar em equipas mistas, num mundo que é quase praticamente masculino.
Um começo de vida difícil para estas senhoras, aliás como em quase tudo que as envolvam.

Muito bem meninas, esta é a vossa hora!
Grandes vencedoras :)