quarta-feira, 17 de abril de 2024

Esperança


Tem que haver esperança para os palestinianos. 
Esperança para acabar o genocídio, para recuperarem o seu país, a sua liberdade, os seus direitos.
Esperança, esperança, esperança.











quinta-feira, 21 de março de 2024

um poema de... Ruy Belo (no dia mundial da Poesia)




«Cinco Palavras Cinco Pedras

Antigamente escrevia poemas compridos
Hoje tenho quatro palavras para fazer um poema
São elas: desalento prostração desolação desânimo
E ainda me esquecia de uma: desistência
Ocorreu-me antes do fecho do poema
E em parte resume o que penso da vida
Passado o dia oito de cada mês
Destas cinco palavras me rodeio
E delas vem a música precisa
Para continuar. Recapitulo:
desistência desalento prostração desolação desânimo
Antigamente quando os deuses eram grandes
Eu sempre dispunha de muitos versos
Hoje só tenho cinco palavras cinco pedrinhas

“Todos os poemas”, de Ruy Belo





terça-feira, 19 de março de 2024

dia mundial do Pai (em Gaza)


Pensamos sempre em pais com filhos, mas, hoje, pensemos nos pais que já não os têm.
O quanto difícil, pesado e doloroso, este dia será para eles.



 







sexta-feira, 8 de março de 2024

em Gaza, não há dia mundial da Mulher...


... mas para elas há:

Sofrimento, luta, dor, 
Perda, morte, luto,  
Casas arrasadas, familias desaparecidas, abandono, 
Cansaço, desespero, violações,
Doenças, falta de higiene, ausência de condições na maternidade, 
Sede, fome, vazio.

Na melhor das hipóteses, para as, mulheres em Gaza, há uma incerta, frágil e reduzida hipótese de sobrevivência.














sexta-feira, 1 de março de 2024

home sweet home


Como é bom chegar a casa e não ter que colocar uma cara. 
Não colocar um soriso vazio, uma simpatia que não se sente, aparentar uma calma falsa, ser cínico, ter que ser idiotas porque lidamos com estúpidos de elevados egos que se colocam em pedestais e corremos o risco de não sermos entendidos por eles se não o formos.

Finalmente chegar a casa e chorar porque o dia e as pessoas nos drenam, nos esgotam.
Podemos ser o que somos, deixar de ser o que temos que parecer. 
Porque não nos obrigam a sorrir, a ser cordiais ou diplomatas, porque finalmente podemos ouvir e apreciar o silêncio de uma música que nos abranda, frases alinhadas em livros que nos transportam para outros pensamentos, outros mares, outras terras, imaginadas ou não.
Podemos ouvir o ronronar e o calor do nosso gato no nosso colo ou o rápido e ritmado bater de uma cauda nas nossas pernas.












domingo, 21 de janeiro de 2024

portugal rastejou no Tribunal internacional de Justiça


A minha maior e profunda admiração para com a África do Sul por ter tido a coragem, que covardemente muitos países ocidentais não tiveram nem para apoiar, de levar um estado terrorista e genocida ao Tribunal Internacional de Justiça.

Os países ocidentais que absurdamente se afirmam como sendo os paladinos, da justiça, dos direitos humanos e do progresso, perdem a espinha e rastejam subservientemente sob as patas negras e sujas de sangue dos EUA e de Israel.
Se há momentos em que me sinto embaraçado, envergonhado, por ser um ocidental e europeu, estes meses que se vivem agora, é um deles.

Foi em África, um continente que chamam de terceiro mundo, primitivo, que um país se ergueu em prol de outro país (Palestina), com uma cultura, a todos os níveis, tão diferente da sua, para gritar para todos os outros que está em curso o genocídio do povo palestiniano.
De uma forma abjecta, o meu país, do qual supostamente devo sentir orgulho, rastejou sem honra, sem dignidade, igualmente no pó ao lado da esmagadora maioria dos país ocidentais.













terça-feira, 9 de janeiro de 2024

22 mil mortos


Na altura em que lanço este post, o número de mortos estimados já passa dos 22 mil (em menos de três meses). Falta adicionar o número dos corpos que permanecem debaixo dos escombros, número esse que permanece desconhecido.

Que a Palestina recupere a sua independência, deixe de ser uma prisão ao ar livre, um apartheid é um sonho para muitos e muitos palestinianos e para pessoas verdadeiramente humanas - excluo os abjectos líderes do mundo ocidental que apoiam e validam o genocídio que está em curso perpetuado por sionistas israelitas, desde a Nakba de 1948.

Sou pessimista por natureza. Não acredito que o mundo ocidental, subserviente de Israel, que os palestinianos recuperem aquilo que é seu desde há milénios.
Pensar que 2024 é um ano de esperança, talvez seja demasiado. Na melhor das hipóteses, estas vinte e duas mil pessoas que foram, até ao presente dia, assassinadas por Israel e pelo mundo ocidental, constituam um leito sagrento onde algo de positivo, para os palestinianos, possa ser contruído.
Uma espécie de esmola para aquilo que lhes foi robado: a solução dois estados. 
E que deixem a Palestina para os palestinianos, não permitindo que os hediondos genocidas sionistas ponham a sua pata negra na gestão do seu estado.