sábado, 10 de dezembro de 2011

uma música para o fim de semana - Carlos Paião


É preciso recuar vinte sete anos, ao ano de 1984 para encontrar, a minha sugestão para o fim de semana.
Neste ano, Carlos Manuel de Marques Paião, Carlos Paião para o mundo, lançava o single Cinderela, que contava a história de Pedro e Cinderela.

É quase impossível não gostar desta canção e particularmente da sua letra, carregada de ternura, ingenuidade e esperança.
Esta era a maior qualidade de Carlos Paião, a capacidade de trazer para as suas letras a inocência do mundo e o lado positivo e divertido da vida. Os temas Pó de Arroz, Zero a Zero ou ainda Canção do Beijinho ilustram bem a jovialidade das suas letras.

Ele escreveria temas para Herman José, Amália Rodrigues e Cândida Branca Flor, entre muitos outros nomes da música portuguesa.

Quatro anos mais tarde, a 26 de Agosto de 1988, Carlos Paião encontraria a morte num violento acidente de carro na A1.
A sua morte daria origem a um mito que ainda hoje é discutido e que lhe confere uma aura de mistério. Mesmo tendo em atenção a violência da colisão e a realização da sua autópsia, diz-se que ele foi enterrado vivo, porque haveria marcas de unhas na parte de cima do interior do caixão e que teria o corpo virado para baixo.

O facto é que Carlos Paião deve ser o artista português que mais saudades deixou e um dos mais relembrados pelo público português.


Pessoalmente, considero Cinderela uma das melhores canções que a música portuguesa tem na sua história.
Ou ela não falasse de Pedro, o tal que tem tesouros para repartir e já andou na lua no meio da rua. :)




sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

para elas...


Se eles têm o mapa que fazia a distribuição do tamanho médio dos seios pelo mundo, elas têm o mapa que faz o mesmo para o tamanho médio do pénis.

Desde o México, passando pela América Central até à Colômbia, Venezuela, Bolívia, Brasil e uma boa parte de África, as mulheres devem gostar e esfregar as mãos de contentes com o que vêem dos seus conterrâneos.
E se os homens asiáticos e do sudeste asiático andam de mãos quase vazias culpa das pequenas copas delas, em contrapartida as mulheres da mesma região do globo, por causa do pequeno tamanho deles, têm dificuldade em conseguir... vê-lo. 

Em média, os tamanhos XXL estão no Congo com quase 18 cm (17.93) e os XXS estão na Coreia do Sul com menos de 10 cm (9.66).

As portuguesas estão com azar, parece que Portugal não tem dados disponíveis relativamente ao tamanho dos "portuguesinhos". ;)



Mapa em tamanho normal aqui


quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

para eles...


O tamanho médio dos seios e suas copas distribuídos pelo mundo :).

Os russos e os nórdicos andam de mãos bem cheias, os norte-americanos, colombianos, islandeses e alemães não se podem queixar, mas os chineses e os homens do sudeste asiático têm que andar à procura delas ;)



Mapa em tamanho normal aqui


segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Grande Ecrã - Inquietos (Restless)


As imagens iniciais de Inquietos, o jovem Enoch (Henry Hopper) a traçar o seu contorno no preto alcatrão a giz branco como se morto estivesse, dão logo o mote para o tema que domina o filme: a morte.

Poucos minutos mais tarde sabemos também que Enoch tem uma estranha necessidade de frequentar funerais de estranhos e que tem um fantasma, um piloto kamikaze que se chama Hiroshi.

Num desses funerais, Enoch, que perdeu ambos os pais num acidente de automóvel e ele próprio ficou em coma, conhece Annabel (Mia Wasikowska), uma jovem com um cancro no cérebro e com poucos meses de vida.
Naturalmente os dois vão-se aproximar e depois apaixonar.

Escrito desta maneira, Inquietos parece mórbido, intragável, piegas e lamechas, bom para lágrimas fáceis.
Mas não, longe disso. Talvez ocasionalmente o realizador Gus van Sant trilhe esse caminho, mas sai dele rapidamente. 

Inquietos é acima de tudo uma reflexão sobre a relação vida e morte vista pelos olhos de duas pessoas que sabem que o destino final está traçado.

A morte é pensada de uma maneira natural quase desapaixonada apesar da evidente angústia que a perda de Annabel provoca em Enoch e que a vida deve ser aproveitada dia a dia. Sentindo cada dia que amanhece é um motivo de alegria.
Annabel revê-se neste ponto sempre que menciona as aves canoras que pensam que vão morrer ao pôr-do-sol mas que de manhã cantam de felicidade quando percebem que estão vivas.
Este é um dos pontos da dualidade que está presente na personagem de Mia Wasikowska, tanto procura a vida, como apoiada em Enoch, encena e ensaia a sua própria morte, preparando-se para ela.

Hiroshi, o divertido mas sensato fantasma que só Enoch vê, tem um papel aparentemente secundário, mas no fundo é um guia para Enoch e percebemos já no fim do filme que o será também para Annabel.

Inquietos, não é filme romântico, apesar de ser fácil lê-lo desa maneira, vive muito naturalmente da cumplicidade e relação das personagens e os diálogos são pontuados por um humor obviamente negro. 
Não tem uma grande dinâmica, dificilmente se aborda esta temática como se tratasse de um filme de acção, mas tem a necessária para nos manter interessados.

Tem o mérito de nos fazer sair da sala a pensar em alternativas, se ao fim será mesmo o fim ou se haverá um recomeço.




domingo, 4 de dezembro de 2011

compra de fim de semana - Enrico Rava





Enrico Rava era um ilustre desconhecido para mim. Agora sei que ele é um trompetista italiano, com 72 anos de idade tem carreira consolidada e é um dos melhores da actualidade. Diz-se influenciado pelas sonoridades de Miles Davis e de Chet Baker. 

Tati foi o primeiro álbum que comprei dele. É um álbum que oscila entre o jazz lírico e muito melódico com incursões no free-jazz, mas não de uma maneira muito agressiva, suave até.
Foi uma grande descoberta!

Tati foi o primeiro de Enrico Rava, mas garantidamente hão-de aparecer mais. :)