sábado, 7 de junho de 2014

uma música para o fim de semana - Sara Paço





Os americanos têm Jack Jonhson e nós temos a Sara Paço. Ambos são surfistas e deixaram-no de lado para se dedicarem à música.

Jack Jonhson é surfista de raiz, filho de pais surfistas e diz que começou a surfar quase ao mesmo tempo que começou a andar. Um acidente de surf no Pipe Masters atirou-o para uma cama de hospital durante 90 dias com nariz, rosto e dentes partidos e cerca de 150 pontos pelo corpo todo.
Enquanto estava no hospital pensou que não valia a pena andar a partir-se todo com o surf e descobriu o cinema (documentários sobre surf) e principalmente a música.

A música já tinha entrado cedo para a sua vida quando aprendeu a tocar guitarra com o pai de um amigo seu. Gravou o seu primeiro álbum em 2001 com a participação especial de Ben Harper.

Sara Paço tem um percurso bastante menos acidentado.
Foi artista de rua e limpou casas de banho em Dublin na Irlanda.
Economista de formação, trabalhou algum tempo num banco em Inglaterra. Durante esse período no qual segundo afirma, se sentiu infeliz.
Estava longe de duas coisa que lhe eram muito queridas e por esta ordem: a música e o mar.
Decidiu voltar para Portugal e perseguir as duas paixões.
Fez da música a sua profissão e do surf o seu hobby preferido.

Agora concretiza o seu sonho a publicação do seu primeiro álbum - Waking Up the Drums.
Diz que é influenciada pelo jazz, blues, soul e funk. Na prática a sua música resulta num pop simples, ligeiro, descomprometido e fácil de ouvir.
Apesar de ter um timbre característico e de a sua voz ser grave e firme parece carecer de uma certa doçura.

A música deste fim de semana é o tema homónimo que lança álbum.
Toca a acordar os tambores :)


Bom fim de semana :)





sexta-feira, 6 de junho de 2014

Dia D - 70 anos


Foi a 6 de Junho de 1944, há setenta anos que aconteceu o mais famoso Dia-D da história.
Dia-D em termos militares designa a data em que uma determinada operação vai ser iniciada. E a título de curiosidade o mesmo acontece com a Hora-H, que define a hora em que essa mesma operação vai começar.

A operação Overlord, a maior operação militar da história. consistia em fazer desembarcar em cinco praias da Normandia ao longo de 80 km, cerca de 160 000 homens das forças aliadas com o intuito de ferir de morte o exército nazi e simultâneamente libertar França que estava ocupada pelas forças de Hitler desde 1940.

Cada uma das cinco praias tinham nomes de código: Omah, Utah, Juno, Sword e Gold.
A praia de Omah foi a mais sangrenta das cinco. Era esta a praia que estava mais bem defendida e melhor equipada pelos alemães.
Mais de dois mil soldados morreram no assalto a este praia. Muitos não chegaram a sair dos veículos anfíbios que os transportavam.




Durante os dias que esta operação durou, do lado dos aliados estiveram envolvidos mais de 1 milhão de soldados de aproximadamente 14 países, sendo a esmagadora maioria norte-americanos, ingleses e canadianos divididos entre para-quedistas, infantaria e forças aéreas.
Estima-se as baixas em 32000 homens e 170 000 entre feridos e desaparecido.
Do lado nazi, estiveram envolvidos cerca de 380 000 mil homens com baixas na ordem dos 270 000 incluindo mortos, feridos e desaparecidos.

Tende a ser esquecida pela história que em paralelo e em articulação com a Operação Overlord decorria a Operação Bagration (em honra ao príncipe e general Pyotr Bration que participou nas guerras napoleónicas) por parte dos soviéticos.
Esta operação com uma extensão de 600 km, envolveria mais meios e homens que o Dia-D e as perdas infligidas pelos soviéticos aos nazis foi bastante superior à dos aliados no desembarque do dia de 6 de Junho e dias seguintes.

Muitos historiadores afirmam que se não fosse o envolvimento soviético ao longo da segunda guerra mundial e em particular com a operação Bagration, talvez o desfecho da Batalha da Normandia teria tido outro fim.
E provavelmente a Europa seria diferente do que é hoje...






Brothers in Arms

These mist covered mountains
Are a home now for me
But my home is the lowlands
And always will be
Someday you'll return to
Your valleys and your farms
And you'll no longer burn to be
Brothers in arms

Through these fields of destruction
Baptisms of fire
I've witnessed your suffering
As the battle raged higher
And though they did hurt me so bad
In the fear and alarm
You did not desert me
My brothers in arms

There's so many different worlds
So many different suns
And we have just one world
But we live in different ones

Now the sun's gone to hell and
The moon's riding high
Let me bid you farewell
Every man has to die
But it's written in the starlight
And every line in your palm
We are fools to make war
On our brothers in arms
 
 

Tetris - 30 anos a rodar, cair blocos e a fazer desaparecer linhas ;)


O meu primeiro contacto com o Tetris não foi famoso. Não me atraiu mesmo.
Os meus colegas já jogavam horas seguidas e eu nada. Não tinha piada nenhuma ter que empilhar da melhor maneira possível sete tipos de blocos de cores e formas diferentes.
Um dia experimentei o jogo a sério... e tornou-se um problemas também sério.

Tal como eles cheguei a jogar horas seguidas. Por vezes 5 a 6 hora diárias e algumas aulas ficaram para trás por causa dele. Viciei-me verdadeiramente.
Comprei um pequeno tetris manual a pilhas para poder jogar em qualquer altura, qualquer lugar, qualquer que fosse o tempo que tivesse disponível.

Chegou uma altura em que eu ia cinema e no via no ecrã caírem blocos que eu rodava mentalmente e fazia desaparecer as legendas. Ah pois é.
Há alguns atrás fiz uma "reabilitação e a minha vida voltou ao "normal". Mas quando o tetris aparece ao alcance da minha mão...

Faz hoje trinta anos que o programador russo Alexis Pajitnov que pôs milhões de vidas e lares em "risco". ;)




P.S. - sem dúvida nenhuma que este bloco verde tem que ser deslocado todo à esquerda


quinta-feira, 5 de junho de 2014

14


Que as nuvens se unam para formar um manto protector à tua volta e as estrelas se juntem para fazerem uma suave almofada forrada de sonhos bonitos.
Dorme bem meu pequeno príncipe.

<3





quarta-feira, 4 de junho de 2014

Massacre de Tiananmen - para não esquecer


Foi há 25 anos.
Na sequência de várias semanas de protestos pró-democracia e liberdade de imprensa muitos milhares de pessoas e entre eles muitos estudante, juntavam-se na Praça Tiananmen em Pequim (Beijing), capital da China.

Na madrugada do dia 4 de Junho de 1989, a mando do governo chinês de Deng Xiaoping, milhares de soldados com tanques invadiram a praça.

O resultado foi uma matança cujo número ainda hoje está por ser determinado, apesar de se estimar que entre 2500 a 4000 pessoas terão morrido nesse dia.
Para o governo chinês quase nada aconteceu. Aproximadamente 200 mortos parece ser o número oficial das autoridades chinesas
No dia seguinte pouco chineses sabiam o que tinha acontecido. O governo chinês bloqueou toda a informação no que respeita ao massacre ocorrido.
No cemitério onde muitos estão enterrados, as sepulturas não estão identificadas.

Ainda hoje tal acontece. Manifestações são proibidas e a policia vigia o local com particular atenção nos dias 4 Junho. Qualquer pessoa que tente recordar quem morreu arrisca-se a ser detida.
Nestes dias a praça está controlada pela policia e os habitantes de Pequim sabem que não se podem aproximar.
A China de alguma maneira ajuda a preservar a memória da brutal repressão militar. Uma praça praticamente vazia onde o silêncio reina é a melhora maneira de chorar que lá morreu. Lágrimas que não se ouvem por uma resistência que falhou, um ideal que caiu. O regime comunista chinês continua de pedra e cal. Mantém o controlo sobre a vida dos chineses e a censura continua a existir na imprensa.
As redes sociais (Facebook, Twitter) não existem e foram substituídas por redes sociais internas. A liberdade, a todos níveis, na China mantém-se uma ilusão, uma miragem. Algo que ainda tem que ser alcançado.

Mas Tiananmen tem um símbolo da sua resistência. O Homem do Tanque é o símbolo dessa resistência.
Aliás é o símbolo de todas as resistências. 
Com dois sacos de plástico na mão, de camisa branca e calças pretas, sozinho, fez parar uma coluna de tanques. 
Não se sabe quem é verdadeiramente (talvez Wang Weilin) ou o que lhe terá acontecido.
Há quem acredite que foi executado, foram muitas as execuções após o massacre. Há quem afirme que está preso até ao final da sua vida e há quem afirme que desapareceu na multidão.
Aparentemente pensa-se que o destino mais provável tenha sido mesmo a execução.




A pretensão do regime chinês é fazer com que o massacre de Tiananmen vá caindo aos poucos e poucos no esquecimento.
Isso é algo que não podemos deixar que aconteça. Foi há 25 anos. Importante não esquecer.


terça-feira, 3 de junho de 2014

Grande Ecrã - X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido



O universo dos X-Men sempre me fascinou, por isso quando em 2000, Bryan Singer trouxe para os grandes ecrãs o filme X-Men lá estava eu na primeira fila a vê-lo. E gostei à brava dele. Ao fim e ao cabo o que eu tinha lido em livros de BD concretizava-se visualmente no cinema.
Três anos depois, pelo mesmo motivo e realizador vi os X-Men 2.

Voltaria a este universo em 2009 para ver X-Men Origens: Wolverine e depois deixei arrefecer o entusiasmo e falhei alguns filmes.
Agora com Bryan Singer de novo aos comandos voltei aos X-Men com Dias de Um Futuro Esquecido com  as expectativas em alta. O que foi pena.

É mais do mesmo, o que não deixa ser mau para quem como eu gosta dos X-Men, mas na verdade acaba por saber a pouco.

Temos uma boa parte dos personagens e respectivos actores iniciais. Encontramos Patrick Stewart (Professor X), Ian McKellen (Magneto), Halle Berry (Storm) e o omnipresente Hugh Jackman (Wolverine).
O argumento recorre à "velha" solução da viagem do tempo para resolver problemas do futuro... no passado.
Correndo o sério risco de os mutantes serem exterminados pelos Sentinelas é preciso voltar ao passado para interromper a cadeia de acções de Mystique que estariam na origem da sua criação.
Devido à sua capacidade regenerativa Wolverine é escolhido para ir ao passado juntar os dois arqui-inimigos da altura. O Professor X e Magneto que juntos poderão ajudar na interrupção dessa cadeia.

E é aqui que o argumento falha. Oscila entre passado e futuro, onde claramente as personagens mais interessantes e mais bem construídas (e desempenhadas) estão no passado. Cada vez que o filme passa a acção para o futuro temos uma sensação de que é tempo perdido.
Os "velhos" personagens dos filmes iniciais pouco ou nada fazem senão muitas explosões, lutas entre Sentinelas e mutantes, onde estes invariavelmente acabam por cair aos pés dos primeiros.
Fica a ideia que o argumento poderia resolvido o assunto exclusivamente no passado ou eventualmente dando um cheirinho de futuro apenas no início para enquadramento. Porque quanto ao final, esse é perfeitamente expectável e dispensava as "explicações" finais das consequências no futuro.

O filme é dominado por quatro personagens do passado: Charles Xavier/ Professor X (James McAvoy) Erik Lehnsherr/ Magneto (Michael Fassbender), Raven/ Mystique (Jennifer Lawrence) e por Peter/ Quicksilver (Evan Peters). Deste último fica na retina a sua intervenção - fabulosamente filmada - na libertação de Erik.

X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido é essencialmente pouco mais de duas horas de acção, explosões, efeitos especiais de topo e muita gente que poderia ter sido dispensada.






segunda-feira, 2 de junho de 2014

série "estatísticas da vida" - LVXXXVIII



Não é só infantil...





Já andei com um relógio parado durante três semanas de férias, só para não ter nada no pulso :)