sexta-feira, 13 de novembro de 2009

a propósito de escutas telefónicas

Nem sempre o consigo fazer, mas hoje ouvi o "Contraditório" da Antena 1 que passa todas sextas, pouco depois da 19.00h.
Os seus intervenientes para além do moderador João Barreiros, são o Carlos Magno, Ana Sá Lopes e Luís Delgado.
O prato forte como não podia deixar de o ser, foram as escutas telefónicas ao Primeiro Ministro José Sócrates.
Para além do facto de as mesmas serem ou não serem legais, pareceu-me excessiva a posição de Carlos Magno relativamente às escutas telefónicas, lhe causarem repulsa e à sua frase "de há duas coisas que um cavalheiro não faz: fazer pelas calças a baixo e não comenta escutas".

Parto sempre do princípio que há uma entidade devidamente competente para o efeito que a autorizou e que se o fez é porque existem (muito) boas razões para isso, independentemente de posteriormente elas se confirmarem ou não.
Excluo liminarmente a hipótese de "voyerismo" e leviandade por parte de quem as autoriza.

Com isto, penso que o Primeiro Ministro, não escapa à regra, não é uma entidade sacrossanta e intocável, portanto pode ser alvo de escutas e naturalmente estas são passíveis de serem comentadas. Claro que, a posição política que ocupa obriga a um cuidado e diplomacia extrema no tratamento da informação/ provas que se possam obter e a passagem para o "exterior".

Quanto a fazer pelas calças abaixo, tenho a certeza que quem o faz não deixa de ser um cavalheiro, apenas não o pôde fazer de maneira mais elegante...

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

algo...


Por vezes entra pela porta da nossa vida algo que mexe profundamente connosco, algo que sentimos que foi feito a pensar em nós, algo que não nos cansamos de ver, tocar, cheirar ou de ouvir.

É algo que amansa e acalma os demónios interiores que nos roem, algo que temos que ouvir quando nos preparamos para enfrentar uma tempestade e algo que gostamos de ouvir quando finalmente celebramos a chegada da bonança.


Literalmente, através das mãos de António Pinho Vargas e sob a forma e som de um piano, os seus dois Solos (I e II) são claramente um desses poderosos "algos" que entraram pela porta da minha vida.

Nascido em 1951 e licenciado em História, António Pinho Vargas preenche e aconchega a nossa alma com paisagens sonoras plenas de intimidade, nostalgia e paz.
No final, fica-se com a esperança e sensação que talvez a Humanidade não seja tão mesquinha, destruidora e auto-destruidora quanto pensamos e que ainda há esperança e redenção para ela.
Não deixa de ser desconcertante pensar que as "imperfeições" (de 1 a 4), títulos dados a cada um dos cds que compõem os dois Solos (ambos cds duplos) soem, e perdoem o cliché… a perfeição.

Para ouvir de olhos suavemente fechados e com um sorriso de deleite nos lábios. Vezes e vezes sem conta.


quarta-feira, 11 de novembro de 2009

início


Finalmente a inércia foi vencida e o blogue surgiu.
É aqui que palavras e imagens irão vadiar.
Umas vezes de mão dada, outras, cada uma por si. Seguirão os seus próprios caminhos detendo-se por aqui e por ali.
Contarão impressões, opiniões, estórias e histórias, por vezes sentimentos.
Serão livres e vadias. Elas mostrarão o caminho, e eu, seguirei a sua esteira.

Até breve, neste canto da blogosfera.


trilho que liga a cidade de Cópan às ruínas maias de Cópan, Honduras