sábado, 14 de março de 2015

uma música para o fim de semana - Moonspell





Moonspell é uma banda lisboeta de metal gótico já com vinte e dois anos de vida.
É liderada pelo seu fundador e vocalista Fernando Ribeiro.
Lançaram o seu mais recente álbum "Extinct" há pouco mais de uma semana.

Fernando Ribeiro é casada com Sónia Tavares que canta nos Gift.
Cantaram juntos no projecto Amália Hoje que ajudou a projectar para o grande público não só as canções de Amália Rodrigues mas também os Moonspell de Fernando Ribeiro.


Metal vs Pop. E o que ganharam com esta mistura tão dispares de géneros? Um filho chamado Fausto.
Adequado para as temáticas musicais dos Moonspell e metaleiros em geral, se pensarmos que Fausto foi o que vendeu a a alma ao diabo, num contrato assinado a sangue, em troca de não envelhecer, ter fama, obter conhecimento, ter sempre respostas para o queria saber.

No fundo, Fausto pretendia o poder através do saber e gozar dos prazeres da vida como qualquer prezado epicurista pretende. Obviamente o diabo vem reclamar a sua alma no final do contrato.

E agora a criancinha??
Quando pai se zangar vai abanar a cabeça para cima e para baixo e berrar com ele de olhos pintados de preto dizendo que ele se prepare para a Extinção e que será o seu último fôlego?

Vai andar indeciso?? Vai preferir o metal do pai ou o pop da mãe?
Se os pais se divorciarem, vai preferir o pai e a mãe enquanto pais, ou os géneros musicais que cada um deles representa?

Agora que ele não se pode queixar de musicalmente ter um ambiente monótono, isso não.


Bom fim de semana :)




In each other's arms
At each other's throats
In the time out of mind
We buried our love
No moon to guide us tonight
No light to see us through

Let's pray for the waters to come
Let's pray
I pray time stops while you rot
I pray time stops

Before the lights go out
Before our time is gone
A taste of your lips
Before we go extinct

Before the lights go out
Before our time is gone
A taste of your lips
Before we go extinct

Without controle
The ark took sail
To the far beyond
Through the limits of time
No moon to guide us
Just the star of death
To lead our way

Let's pray for the waters to come
Let's pray
I pray time stops while you rot
Let's pray time stops

Before the lights go out
Before our time is gone
A taste of your lips
Before we go extinct

Before the lights go out
Before our time is gone
Just one taste of your lips
Before we go extinct

Before the lights go out
Before our time is gone
A taste of your lips
Before we go extinct

Before the lights go out
Before our time is gone
A taste of your lips
Before we go extinct


o π do século - 3.141592653





Hoje, a 14 de Março celebra-se o dia mundial do Pi.

Para além do mês Março (3), alinha-se o dia (14), o ano (15), a hora (9), os minutos (26), e os segundos (53).
Só daqui a cem anos este alinhamento "piano" volta a ser possível.

Para quem quiser confirmar o valor, pode encontrar parte da infinita da sequência do Pi, na figura que abre este post - 3.141592653 - que corresponde hoje ao Pi do século.

A 02 de Agosto de 2099, o recorde mundial de cálculo de casas decimais do pi foi batido, estando agora calculados cinco triliões de casas decimais. 

Qualquer coisa como 5,000,000,000,000 de números alinhados entre si a seguir à vírgula do três!
Espantosamente este valor absurdamente grande está tão longo do terminus do valor do Pi como quem escreve 3,14.
O valor de Pi é infinito! É um número irracional infinito. Não é possível conhecer o seu valor exacto, por muito que queiramos.
E é o único em que as pessoas se divertem a bater recordes mundiais de cálculo de casas decimais.

A descoberta de Pi e do seu valor remonta há mais de dois mil anos. Foi na antiguidade grega que ele foi descoberto e Arquimedes foi o primeiro a tentar calcular com rigor matemático o seu valor.

Na matemática, o número π é uma proporção numérica que tem origem na relação entre o perímetro de uma circunferência e seu diâmetro.
Ou seja, se uma circunferência tiver um perímetro e um diâmetro d então aquele número é igual a p/d. E é representado pela letra grega π.

Quando alguém estiver a comer uma bela pizza, um saborosa tarte ou um cremoso bolo redondinho, pode-se divertir a encontrar o valor de π.


quarta-feira, 11 de março de 2015

Grande Ecrã - Mr. Turner


Não sei se William Turner terá sido como Timothy Spall o desempenhou em Mr. Turner, não completamente, mas quase desejo que sim.

William Turner é um génio da pintura que atravessou os sec XVII e XIX sempre fascinado pelos elementos e pela suas forças.
Para muitos, eu incluído, é um dos percursores da pintura impressionista, uma das bases de apoio para o seu florescimento desta corrente de pintura.

Turner é um excêntrico com laivos de misantropia. Mostrando uma inadaptação à sociedade, mas cumprindo a etiqueta da altura, e um quase permanente desagrado pelas pessoas que o rodeiam pelo facto de estes estarem afastados do seu ideal de pintura
É um homem rude, aparentemente distanciado e alheio aos problemas dos outros e com uma extrema dificuldade de comunicação. Fazendo-o de uma maneira animalesca, mais com rosnares e grunhidos que com palavras.
A relação que mantém com a criada ilustra bem esta faceta da sua personalidade.

Um homem vivendo quase obcecadamente da pintura e para a pintura. 
Por ela, afasta de si as suas filhas, pondo-se de lado relativamente aos problemas que elas enfrentam, e apenas o seu pai, parece merecer o seu respeito por ter herdado dele a paixão pela pintura.

Talvez o argumento pudesse ter sido mais rico na evolução de Turner como pintor.
Mike Leigh, enquanto argumentista, podia ter explicado melhor como surge o fascínio dos elementos surge nele, o que o leva a desafia-los para ter uma melhor noção deles, o seu amor ao amanhecer e entardecer dos dias e das cores que eles trazem.

Acima de tudo podia ter suavizado a sua personalidade. Parece caricatural a maneira como o pintor britânico é descrito.
Ter desenvolvido acessoriamente os outro pintores que se relacionavam com Turner, John Constable por exemplo, e as suas relações que parecem ser tensas e bastante competitivas.
Ter ilustrado os ambientes dos estúdios em que a arte pintada via a luz do dia para depois esta ser confrontada com outra forma de pintura utilizando a luz do dia, a fotografia.
E aqui sim um trunfo do argumento. Sucintamente, mas não de rompante, mostra como a pintura, através dos receios de Turner, tremeu perante uma tecnologia inovadora.

A realização impecável de Mike Leigh põe-nos numa bandeja de prata, a recreação perfeita de uma época de ouro para a pintura.
Atira-nos frequentemente para a poesia visual, mergulhando-nos autenticamente em cenários em que tudo evoca a pintura de Turner. As texturas, a luz, as cores, a sua estética.

A ênfase, o focus, está toda na personagem. Mike Leigh dá imenso espaço e liberdade para Timothy Spall deslumbrar-nos com o seu Turner.

Pela fotografia e pela entrega, dedicação e empenho, que Spall coloca na personagem que sustenta, este filme merecia, infelizmente já saiu de cartaz, uma audiência e admiração maior que a que teve.
Mas saindo fora dos cânones comerciais de Hollywood e não participando nenhum dos seus filhos queridos, o seu mediatismo claudicou perante seus nomes sonantes e milhões de bilheteira que eles arrastam.

Sei quando um filme entrou dentro de mim, quando fico sentado na cadeira a olhar para os créditos finais. Saio de da sala de passo lento, de cabeça baixa, com ela ainda presa à história que acabei de assistir.
Exactamente o que aconteceu com Mr Turner.




terça-feira, 10 de março de 2015

série "vencedores" - Nelson Évora





Nelson Évora é duplamente campeão. Não só porque ganhou os campeonatos europeus de pista coberta em Praga há três dias, como teve que ganhar a uma lesão que o poderia ter atirado de vez para fora dos tartans.

Em 2012, fracturou a tíbia da perna direita. Não só a lesão em si é grave para um triplista, mas ainda a agravar, foi sobre uma anterior fractura idêntica, na mesma perna. Fractura sobre fractura.
O tempo de recuperação, e se der para recuperar, é longo.

Nesse mesmo dia e ao saber o diagnóstico, Nelson Évora disse - Mas que ninguém conclua com isto que estou acabado!
No sábado passado e após mais de dois anos de lesão, Nelson Évora em Praga, ganha a medalha de ouro com um salto de 17.21m, vai para os mundiais e timidamente vai pensando nos Jogos Olímpicos de 2016.

De recordar que nos Jogos Olímpicos de 2008 em Pequim, China, Nelson Évora, ganhou a medalha de ouro e em 2007 em Osaka, Japão, ganhou o campeonato mundial.

Grande Nelson :)


Mas atenção... Ronaldo que se cuide.
Se algum dia fizerem uma estátua a Nelson Évora, esta vai dar um trabalhão...




domingo, 8 de março de 2015

dia mundial da Mulher - Vandana Shiva


Vandana Shiva, física (quântica) e activista, está ferozmente na linha da frente no combate aos transgénicos, à monopolização das sementes, que define como biopirataria e a ditadura do alimento.
É uma lutadora acérrima contra a patenteação de sementes, que faz com que a industria alimentar se torne dona delas, cobrando royalties aos agricultores para as poderem usar.

Contraria as grande corporações como a Monsanto, declarando que as sementes naturais são mais resistentes às intempéries que as geneticamente modificadas, que só servem para criar dependência nos agricultores e diminuição da diversidade genéticas das mesmas.
Defende a não comercialização e privatização da água, que cria uma distinção entre ricos e pobres. Nos quais os primeiros podem comprar água de qualidade relativamente aos segundos que bebem água poluída.
A água é um direito humano, afirma Vandana.