sábado, 29 de junho de 2013

uma música para o fim de semana - The Gift


É a terceira vez que os The Gift surgem em "uma música para o fim de semana". 
A primeira vez foi com RGB e a segunda com Primavera.

No entanto se tivesse que estabelecer uma cronologia para as três canções, esta teria que ser a primeira. 
É com Ok! (Do you want something simple?) do seu álbum de estreia Vynil de 1998 que os Gift se tornam conhecidos para mim.
E apesar de gostar bastante deles e ter uma grande paixão por Primavera, Vynil é o único álbum deles que tenho.
E foi o tema deste fim de semana que me fez comprar o cd.

O que me fascina em Ok! é a quase obsessiva e complexa simplicidade da letra. 
Por detrás da simplicidade que se busca, dos rituais, das rotinas diárias e regras pelas quais as nossa vida se pauta, há gestos, olhares, segredos que são muito nossos. Segredos que não contamos, não os mostramos ou demonstramos, mas que no entanto são comunicados e desejados que sejam subliminarmente percebidos.

Por isso a simplicidade encerra em si uma complexidade que satura e arruína com ela própria. 
E tantas vezes somos nós a fonte, a causa, por essa ansiada simplicidade não ser apreendida e compreendida por quem ou por aquilo que nos rodeia.

A catástrofe é, e quase sempre é, antes da complexidade fazer desmoronar a simplicidade, não sermos capazes de abrir a alma para dizer o que "vai cá dentro mim", perguntar o que "vai dentro de ti", ou "não te percebo, explica-te melhor".


Bom fim de semana :)





Ok! Do you want something simple?
Ok! Do you want something simple?
Ok! Do you want something simple?
Ok! Do you want something simple?

The news
Do you want something simple?
The look
Do you want something simple
The letters
Do you want something simple?
The jokes
Do you want something simple?
The games
Do you want something simple?
The nights
Do you want something simples
The boys
Do you want something simple?
The girls
Do you want something simple?
The friends
Do you want something simple?
The rest
Do you want something simple?
And sex
Do you want something simple?

Why can't you understand
How I'm feeling now
Why don't you feel me
Why can't you understand
Please open your hand
When you don't know how to do
You want my life
But you've just said no more
Everything is just my fault
The life well done
I can't understand you more, yeah
And I can't understand you more

OK! Do you want something simple?
OK! Do you want something simple?
OK! Do you want something simple?
OK! Do you want something simple?

The films
Do you want something simple?
The songs
Do you want something simple?
And love
Do you want something simple?
The drinks
Do you want something simple?
Art pop
Do you want something simple?
TV
Do you want something simple?
The silence

Why can't you decide
How I'm feeling now
Your heart is following mine
Behind this sacrifice
Can't you see the words
Can't you see the things
But I can go on
Why don't you find another
Why everything looks like a crash
When I used to fall
I can't understand you more
And I can't understand you more

And you cry
And your heart don't cry
And you're sitting
Why can't you feel can't you see
What is happening to me
All the thinking time
All the love you gave it to me
Gave it to me
I can't understand you
Why, why this happens
Why can't you see I'm selling lies
Sitting at a table why
Why you want my life
Why do you want me, yeah
And I can't understand you
I can't understand you
I can't
Why this happening to me
Why this happening
Can't you see now
Can't you see now
Can't you see
I can't understand you
Why
Why this happening to us

This song is too simple
This song is too simple
This song


sexta-feira, 28 de junho de 2013

série "Vencedores" - Michelle Larcher de Brito





Na passada quarta-feira, Michelle Larcher de Brito tornou-se a primeira tenista portuguesa a passar para a terceira ronda do torneio de Wimbledon ao vencer em dois sets, a russa Maria Sharapova.

A portuguesa está actualmente na posição 131 do mundo, enquanto que a sua oponente russa é a actual nº 3 do ranking ATP e ex nº 1 e no que me diz respeito é uma das mais giraças jogadoras do circuito profissional de ténis.

Michelle de Brito, nascida em 1993 é de origem angolana e treina nos Estados Unidos.


quarta-feira, 26 de junho de 2013

dia internacional de Apoio às Vítimas da Tortura


Abomino as touradas. Abomino os toureiros, abomino os aficionados. 
Considero-os sádicos, covardes e mentalmente desequilibrados. São pessoas violentas e naturalmente com uma tremenda disposição para a violência. Psicopatas.

A tauromaquia e a sua industria, vivem da tortura deliberadamente praticada num animal. Ela está pensada desde que o touro nasceu até à sua morte em agonia nos bastidores de uma arena. Ele sofre ao longo da sua vida maus tratos de uma crueldade difícil de imaginar.

Numa tourada, a sua carne é rasgado por arpões e ferros. As vértebras do seu pescoço são seccionadas e cortadas pelas suas pontas destes ferros mais de oito centímetros de comprimentos enterradas no seu cachaço. Sempre que ele corre (tenta fugir da dor e sofrimento que lhe é imposto) o voltear destes ferros na sua carne provocam feridas que atingem mais de vinte centímetros de profundidade em forma de círculo. 

Os seus pulmões são perfurados pelos estoques e lanças que o fazem deitar sangue pela boca a cada tentativa de respiração.
Ele perde mais de seis litros de sangue durante a tortura que lhe é praticada numa tourada. 
O rabujador, o toureiro que violentamente lhe puxa o rabo depois de uma pega, desloca-lhe a coluna coluna vertebral.
Os volteios das capas servem para o cansar ainda mais e torná-lo tonto e visualmente confuso.
Os forcados (que pensam que são valentes!) só entram depois os touro ser lidado e estar num estado de tal exaustão que frequentemente não consegue carregar sobre quem lhe provoca tanta dor.

Depois de lidado sofre uma agonia excruciante, sozinho e sem cuidados veterinários depois de retirado de uma arena. A sua carne frequentemente não pode ser consumida porque não é tratado e as sua feridas desenvolvem infecções.

Antes de uma tourada, dias antes de os covardes toureiros o lidarem, desidratam-no, provocam diarreia através de laxantes. A ponta dos seus cornos são serrados violentamente e a sangue frio que provocam mais uma vez nele dor e uma sensibilidade quase insuportável no animal.
A visão é propositadamente tornada turva através de substâncias que o impedem de ver como deve ser. Os seus pulmões são obstruídos e a sua respiração dificultada para que perca o seu fôlego rapidamente e atinja a exaustão também rapidamente.

A tourada para além do touro é uma tortura para outro animal que também está lá involuntariamente, o cavalo.
Ele é ferido quando o touro carrega. Um cavalo aguenta no máximo cerca de seis touradas. Depois disso é fisicamente incapaz de regressar a uma tourada. 
Frequentemente morre na arena pela investida do touro em dor e sofrimento. Ou pelo seu ventre rasgado pelo cornos do touro ou por ataques cardíacos que sofre devido ao medo, stress por enfrentar um animal que não quer e pelo esforço físico que lhe é imposto durante a tourada.
As esporas do cavaleiro entretanto rasgam-lhe a pele quando este o impele a enfrentar o touro.

Por tudo isto dedico o Dia Internacional de Apoio às Vítimas da Tortura, aos touros e cavalos que sofrem uma tortura atroz, cruel e desnecessária para apenas para divertimento de gente bárbara, abjecta e mentalmente desiquilibrada que gostam de ver um ser vivo e senciente ser fisicamente destruído à frente dos seus sádicos olhos.