sábado, 23 de junho de 2018

uma música para o fim de semana - Elas e o Jazz





Os coros (pequenos) de jazz de feminino são sempre fixes de ouvir por vários motivos.Pela diversidade de vozes quando individualizadas e riqueza quando combinadas.
Depois há sempre a tentação de perceber se a voz corresponde ao rosto que a canta.
E finalmente quer queiramos, quer não, há sempre um glamour e sensualidade muito grande quando se associa jazz a vozes femininas.

As Elas são três cantoras (muito giras) de jazz nacional que se associaram no início deste ano dando origem ao projecto musical Elas e o Jazz: Marta Hugon, Joana Machado e Mariana Norton.
Ouvi-las cantar é espectacular.
Remetem-nos para o universo dos cabarets e para as sonoridades das irmã Boswell ou Andrew, entre outras.
A voz de Marta Hugon é a mais carismática, Mariana Norton, talvez a mais elegante e a condizer com o rosto, a mais bonita é pertença da Joana Machado.

O cover Devil May Care foi o tema escolhido para dar conhecer o trio. O original vem de 1956, de Bob Dorough. Foi apenas nos anos 90 quando Diana Krall o popularizou, que se tornou conhecido de todos nós. Elas e o Jazz reinventam-no na perfeição.


Bom fim de semana ☺







quinta-feira, 21 de junho de 2018

está aí o verão :(


Começa hoje três meses de sofrimento, de opressão e depressão.
Noventa dias de cansaço físico e mental. Noventa dias em que sou olhado como um alien por não gostar de sol, de calor e de praia.

Vendo como a Primavera acabou e o verão está a começar - chuva, trovoadas e céu cinzento - tenho esperança que talvez não seja assim.
Mas sabendo que o Homem está empenhado em destruir o seu planeta, a sua delicadeza e todo o equilíbrio que o envolve, tudo me diz que esta esperança é ilusória.

O verão vai ter ondas de calor prolongadas, a seca vai ser intensa, os incêndios de novo devastadores, e dezenas de milhares de animais vão ser abandonados porque os seus seus irresponsáveis donos são incapazes de perceber que uma vida que é acolhida, amada e protegida por nós é... para sempre!
E não apenas enquanto são pequenos, fofos, não dão trabalho e não custa dinheiro.

Quanto a música, vem aí o pimba mais forte do que nunca, os cinemas enchem-se de comédias cada uma mais idiota que a anterior e os livros de cor de rosa brotam das prateleiras das livrarias como cogumelos. Definitivamente é um período tão negro quanto as paisagens ardidas.
Salvam-se os políticos que desaparecem de cena por um mês.

Jorge Lima Barreto, um dos homens (o outro era Victor Rua) por detrás dos Telectu, no ano 2000 lançava a solo o álbum Neon Neon.
Nele viajamos pelos dois equinócios (Primavera e Outono) e solstícios (Verão e Inverno) que existem ao logo de um ano.
Venha de lá o do Verão, enquanto ajoelhado rezo pela chegada rápida do equinócio do Outono.