sábado, 2 de novembro de 2013

uma música para o fim de semana - Lou Reed





Poucas pessoas se podem "gabar" de terem andado verdadeiramente no lado selvagem da vida. Lou Reed foi claramente um desses músicos. A ele podemos acrescentar Keith Richards, um sobrevivente! e uma boa parte dos músicos de jazz que imperaram nas décadas de 50 e 60.
O chavão, Sexo, Drogas & Rock n Roll aplicou-se inteiramente a Lou Reed.

Ele fez largamente a vontade a essa santíssima trindade que lhe roubou a vida fisicamente aos 71 anos de idade no passado dia 27 de Outubro. Terá morrido de problemas cirúrgicos de um transplante do fígado realizado em Maio, mas paradoxalmente foi essa mesma santíssima trindade que lhe daria a fama e a imortalidade.

Foi o lado boémio, selvagem e obscuro da vida que Lou Reed tocou e escreveu. A prostituição, o sexo, as drogas, o álcool, a depressão, foram temas das suas letras e da sua guitarra.

Nascido a 2 de Março de 1942 em Nova Iorque, Lewis Allen "Lou" Reed começou cedo a ser atraído para a música. Já escrevia canções por altura do liceu. Mas é na década de 60 quando conhece John Cale que verdadeiramente o percurso de Lou Reed começa.
Com ele funda os The Primitive que se tornarão mais tarde nos Warlocks. É Quando mais tarde se juntam o guitarrista Sterling Moss e o baterista Angus Maclise que os Velvel Underground surgem.

Frequentador do estúdio The Factory de Andy Wharhol será este que em 1967 produz o primeiro álbum da banda, Velvet Underground and Nico.
Nico era uma cantora, modelo e actriz e também uma grande frequentadora do Factory. Era conhecida pelos seus romances com músicos famosos. Para além de Lou Reed, Jim Morrisson, Bob Dylan e Brian Jones constam do currículo desta alemã.

Com este primeiro álbum os Velevet Underground estabeleceriam já um padrão nas letras ao abordar a prostituição, o sadomasoquismo, as drogas e até o esotérico.
A própria capa se tornaria famosa por ser uma banana desenhada pelo próprio Andy Wharhol.

Os Velvet não teriam muito sucesso enquanto existiram, nem era o seu o seu objectivo. Quando Lou Reed deixa a banda em 1971, John Cale já a tinha deixado em 1968, esta praticamente também deixou de existir, durando mais dois anos e com um álbum editado.
Seriam necessários vários anos depois para que a banda viesse a ser (re)descoberta e a ter o sucesso e a reconhecida influência que hoje em dia tem.

A música para este fim de semana, já é da era pós Velvet. Quando ele se torna o músico que todos nós reconhecemos, o músico para além do fundador dos Velevet Underground. É quando vai para Inglaterra e tem por produtor um dos seus grandes fãs, David Bowie.
É quando se torna Lou Reed.


A música para este fim de semana é de 1972 ano em que foi lançado o seu segundo álbum - Transformer - da era pós Velvet e produzido por David Bowie.
Diz-se que Walk on The Wild Side é uma canção que evoca os ambientes loucos, excessivos e promíscuos de The Factory de Andy Wharhol.

A letra mais uma vez aborda mais ou menos explicitamente o sexo oral, a prostituição masculina e a transsexualidade muito em voga, acolhidos e até encorajados na Fábrica de Wharhol.
Os nomes e alcunhas que são mencionados na letra - Holly, Candy, Little Joe, Sugarplum Fairy e Jackie - são personagens reais que se cruzaram com Reed nesses tempos "selvagens" e que eram conhecidos por Wharhol Superstars.


Bom fim de semana :)




Holly came from Miami, F.L.A.
Hitch-hiked her way across the U.S.A.
Plucked her eyebrows on the way
Shaved her legs and then he was a she
She says, "Hey, babe,
Take a walk on the wild side."
Said, "Hey, honey,
Take a walk on the wild side."

Candy came from out on the Island
In the back room she was everybody's darling
But she never lost her head
Even when she was giving head
She says, "Hey, babe,
Take a walk on the wild side."
Said, "Hey, babe,
Take a walk on the wild side."
And the colored girls go
"Doo do doo do doo do do doo..."

Little Joe never once gave it away
Everybody had to pay and pay
A hustle here and a hustle there
New York City's the place
Where they said, "Hey, babe,
Take a walk on the wild side."
I said, "Hey, Joe,
Take a walk on the wild side."

Sugar Plum Fairy came and hit the streets
Looking for soul food and a place to eat
Went to the Apollo
You should've seen them go, go, go
They said, "Hey, sugar,
Take a walk on the wild side."
I said, "Hey, babe,
Take a walk on the wild side."
All right, huh

Jackie is just speeding away
Thought she was James Dean for a day
Then I guess she had to crash
Valium would have helped that bash
Said, "Hey, babe,
Take a walk on the wild side."
I said, "Hey, honey,
Take a walk on the wild side."
And the colored girls say,
"Doo do doo do doo do do doo..."


quinta-feira, 31 de outubro de 2013

e acerca de coelhos???


Afinal parece que a ministra Assunção Cristas deixou cair o projecto de lei que previa o máximo de dois cães ou quatro gatos num apartamento independentemente do seu tamanho.
Mas no tal diploma não mencionava coelhos. Ter mais do que um é muito preocupante...





quarta-feira, 30 de outubro de 2013

o ócio de Assunção Cristas


Dois cães ou quatro gatos no máximo segundo a ministra Assunção Cristas podem estar num apartamento. E quantas tartarugas, canários, hamsters, furões, iguanas, tarântulas e por aí fora?
E se tivermos  três cães e cinco gatos, promove-se o bem estar deles mandando os excedentes para a rua???
Mais, se estiverem em sofrimento devem ser eutanasiados. E então tentar tratá-los, não??
E se um animal estiver atropelado na rua a sofrer? Passa-se de novo com o carro por cima dele?? Pontapeá-lo na cabeça até morrer?
E as associações de recolha e protecção de animais vão ser ajudadas neste processo? Vão ser ouvidas?

E as touradas? Será que os touros e cavalos são bem tratados? Ou apenas porque têm muito espaço para serem torturados, despedaçados, violentados atrozmente já não é um problema?
Subsídios para promover os "bons tratamentos e bem estar" promovidas por essas criaturas execráveis que se chamam toureiros aos animais envolvidos na asquerosa tauromaquia, é aceitável?
Passar na televisão generalista, os "carinhos e ternuras" que os sangram e destroçam, provocadas fisicamente por essas bestas nos cavalos, touros e até burros é preocupação da Assunção Cristas?

E a quantidade de crianças que vivem em bairros de lata, sem condições de saneamento e higiene que vivem nos quartos dos pais, que chove lá dentro e se alimentam nas lixeiras? Será que devem sair de casa, serem abandonados na rua? Isto preocupa a ministra? Ou o governo?
E as famílias inteiras que vivem num minúsculo apartamento social devem ser ser separados? E como escolher quem fica e quem sai?
E os sem abrigo? Quantos é que poderão viver ao mesmo tempo numa caixa de cartão ou debaixo de uma porta? Será que ela já definiu quantos é que podem estar nestas condições?

O governo fantoche da troika manda nas nossas vidas. Arrasa com os empregos, baixa as pensões, salários, défice para ali, juros da dívida para acolá, e agora o mais importante que tem para fazer, as medidas mais urgentes a implementar é entrar em nossa casa e definir quantos animais podemos ou não ter em nossa casa? De uma maneira casuística, sem nexo, a avulso.

E porque não ir até ao parlamento e correr com mais de uma centena deles dali para fora? Quantos "animais de companhia" estarão ali confinados? Podíamos reduzi-los para quatro. Pôr os restantes na rua.
A menos que o parlamento tenha muitos pátios e terraços os possamos pôr quatro a quatro ou dois a dois dependendo do seu tamanho em jaulas para se tornarem inofensivos, possam ser alimentados e não tenham que ser eutanasiados se estiverem em sofrimento.
Como por exemplo quando não têm facebook nas sessões do parlamento, estão sem telemóveis ou com as baterias em baixo e sem os seus motoristas.
Ou então quando são obrigados a ir ao parlamento por causa de uma votação ou ainda, quando eles coitados não podem faltar a uma sexta feira e são impedidos de terem um fim de semana mais comprido.

E se um desses "animais de companhia" tiver o azar de ser atropelado, ter um acidente ou uma doença que o faça entrar em sofrimento? Eutanasiamo-lo? E que tal abandoná-lo?

Será que realmente a ministra Assunção Cristas não tem mesmo mais nada para fazer?? De útil, quero eu dizer.


terça-feira, 29 de outubro de 2013

série "Vencedores" - Gonçalo Roque e Leonor Oliveira




Ele, o Gonçalo Roque é tipo bicharoco fisicamente, e ela a Leonor Oliveira, ligeirinha, é boa de se atirar ao e apanhar antes de se espetar no tapete. Pelo meio fazem uns passos de dança, figuras de equilíbrio e de força.

É uma explicação tosca e claro em tom de brincadeira. Mas a brincar, a brincar, este par português do Ginásio Clube Português ganhou no passado dia 29 de Outubro, pela primeira vez na história da ginástica portuguesa, uma medalha de ouro no campeonato europeu de ginástica acrobática na especialidade de equilíbrio que decorreu em Odivelas.

E no dia a seguir ainda disputaram uma segunda final consecutiva, desta vez na especialidade dinâmica, e ganharam uma medalha de prata.
E nem sequer se queixaram que tinham tido muitos "jogos" num curto espaço de tempo.
São uns super vencedores!


domingo, 27 de outubro de 2013